Brusque

UNIFEBE lança observatório para o planejamento das cidades

Urbanorama reúne pesquisadores de diferentes áreas e terá editais voltados ao tema
por Assessoria de Imprensa UNIFEBE 18/04/2024 às 17:58 Atualizado em 18/04/2024 às 19:14
Imagem divulgação

O Observatório para o Planejamento das Cidades do Estado de Santa Catarina – Urbanorama foi lançado durante programação especial para os acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo, nesta terça-feira, 10, no auditório do Bloco F da UNIFEBE. A programação da noite contou ainda com uma palestra focada no planejamento urbano e a  apresentação do grupo de pesquisa.

Durante a apresentação do projeto, o professor Karol Carminatti, destacou o perfil multidisciplinar da composição do grupo, como uma forma de buscar diferentes alternativas aos desafios das cidades. Com ações alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável (ODS) e parte dos recursos oriundos de parcerias internacionais, o foco de atuação estará nas cidades do entorno de Brusque.

“O Urbanorama é um agente de atuação local, com o pensamento global. Não estamos focados apenas em Brusque, mas com a região, até por nem todos morarem na cidade”, descreve. De acordo com o professor, com a composição inicial do grupo, o foco estará em quatro grandes temas, envolvendo processos urbanos, mobilidade, clima e produção limpa.

Segundo ele, o Urbanorama representa uma oportunidade para pesquisadores e qualifica os cursos abrangidos. “Se tem uma coisa que o Plano Diretor de Brusque nos mostrou ao propor uma série de discussões, é que a Universidade tem que ser âncora nessa discussão para ela não morrer, somos fundamentais nesse processo”, indica. “É um laboratório que promove a extensão tecnológica, por termos uma relação muito forte com a Alemanha e Portugal, neste contexto, pesquisa e comunicação científica”. 

Além das salas

A possibilidade de realização de atividades como seminários, workshops e estimular uma abordagem mais prática dos conteúdos são destacadas pelo coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, Marcelius Oliveira de Aguiar. Com o perfil, ele afirma que ao laboratório terá reflexos positivos na formação dos futuros profissionais do setor.

“Acredito que este laboratório pode vir a contribuir de forma significativa até por questões práticas, uma vez que a aplicação dos conceitos inerentes aos conteúdos que são desenvolvidos em sala de aula, na parte teórica. Esse laboratório mostra a aplicação dos conceitos trabalhados em sala”, afirma. 

Segundo a reitora da UNIFEBE, professora Rosemari Glatz, a iniciativa representa um importante avanço na formação dos acadêmicos, qualificação do desenvolvimento de pesquisadores e da infraestrutura regional. Ela destaca o papel das pesquisas, conhecimento científico e profissionalização na elaboração de projetos que atendam as demandas das cidades da região.

“A UNIFEBE aproxima, com mais esta iniciativa, a região de alternativas para suas necessidades. Vivemos em uma região com uma atividade econômica intensa e que busca o desenvolvimento. Nossas cidades precisam acompanhar este crescimento, pensando em respostas eficientes para suas limitações, buscando a melhoria da qualidade de vida e, reunir este grupo para pensar as cidades, qualificar futuros profissionais é uma resposta para esta realidade”, descreve.

Planejamento de cidades

A programação ainda contou com uma palestra do professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Almir Francisco Reis. No evento, ele abordou a relação entre a arquitetura e a criação de espaços públicos. 

De acordo com o palestrante da noite, a abordagem apresentou ferramentas consideradas fundamentais para que profissionais e futuros arquitetos e urbanistas entendam as cidades, seus problemas e as possibilidades de transformação, assim como as possíveis melhorias a serem implantadas. 

“Fundamentalmente, em cima da questão do espaço público, entendendo que estas partes da cidade, onde a gente circula, encontra as outras pessoas, aquilo que é diferente de nós, são fundamentais na vida cotidiana que se estabelece nas cidades e o arquiteto, seja o que está trabalhando com a edificação, seja o que está trabalhando em uma prefeitura, planejamento urbano, tem um papel fundamental nesse processo e inter-relacionar esta escala da cidade com a escala da arquitetura é importante e isso tem que começar aqui, no processo de formação, nos alunos e, depois, em sua formação profissional”, descreve.

A acadêmica Rafaela Goreski, da 7ª fase de Arquitetura e Urbanismo, já acumula participações em iniciativas do grupo que compõe o Urbanorama e acredita que a ação foi importante para sua formação pelo contato com áreas diferentes em cada projeto. Segundo ela, mesmo com a experiência positiva para o futuro profissional, as ações também tiveram reflexos no presente. 

“Já foram trabalhadas abordagens muito diferentes, como transporte público, setorizações do plano diretor, de áreas, pesquisa de qualidade de calçadas, acho que é bem abrangente. Acredito que, se cada acadêmico tivesse a oportunidade de participar seria crucial para sua formação. Ajuda muito no entendimento das matérias que acabam tendo dentro do curso”, relata.  

Ela salienta a troca de experiências com profissionais mais experientes proporcionada pela iniciativa. Exemplifica com a palestra de Almir e a abordagem, ressaltando a importância de ruas e calçadas para além de parques e praças nos espaços públicos. “Por mais que seja Arquitetura e Urbanismo, há muitas vertentes que se pode pensar, então. Acredito que isso dá uma visão mais ampla aos acadêmicos, em poder também entender outras áreas e escolher futuramente sua área de atuação”, projeta.

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