A amamentação é o único fator isolado capaz de reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Para reforçar as ações em todo o país, a Campanha Agosto Dourado chama a atenção para a importância do leite materno. Este foi o tema da entrevista com a médica pediatra do Hospital Imigrantes, Dra. Talita Lima, no Jornal da Manhã desta terça-feira (20).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida salva cerca de seis milhões de vidas infantis por ano. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Semana Mundial da Amamentação busca informar a população sobre as desigualdades no apoio à amamentação e sua prevalência.
Aleitamento Materno
O Brasil tem avançado nas taxas de amamentação ao longo dos anos, mas ainda está abaixo das recomendações. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país foi de 45,8%, conforme o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicado em 2021. Isso representa um avanço significativo em aproximadamente três décadas, já que o percentual era de apenas 3% em 1986.
Na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Atualmente, a duração média é de 16 meses, equivalente a 1 ano e quatro meses de vida.
A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. A expectativa é que esse índice alcance 70% até 2030.
O Ministério da Saúde destaca que a amamentação é a forma mais econômica e eficaz de proteção contra a morbimortalidade infantil, proporcionando benefícios significativos para a saúde da criança, como a redução de diarreias, afecções perinatais e infecções, que são as principais causas de morte de recém-nascidos. Além disso, a amamentação oferece inúmeros benefícios para a saúde da mulher, incluindo a diminuição do risco de câncer de mama e de ovário.
Ouça a entrevista: