A Paróquia São Luís Gonzaga realizou na noite desta terça-feira, 25 de novembro, sua Assembleia Paroquial, reunindo lideranças das 12 comunidades e representantes de pastorais e movimentos. O objetivo era refletir sobre a caminhada em conjunto e traçar prioridades para o próximo ano. O encontro apresentou um amplo diagnóstico que evidencia conquistas significativas na vida de fé e, ao mesmo tempo, aponta desafios que exigem mais compromisso e espírito de comunhão.
“A Assembleia Paroquial deve acontecer todos os anos, sempre fundamentada nas diretrizes e decisões da Diocese e da Forania. Em 2025 vivemos uma experiência nova, por meio de pré-assembleias nas pastorais, movimentos e comunidades. Por isso, o encontro de hoje é um grande resumo do que já foi discutido anteriormente”, explica o pároco, padre Hélio Feuser.
Segundo ele, este processo gerou um volume expressivo de engajamento e participação. “São 12 comunidades que, juntas às pastorais e movimentos, formam um número ainda maior. Pela presença e reflexão, as pessoas tomaram consciência de que a Assembleia é um dos momentos mais importantes da paróquia. É nela que reconhecemos quem somos como Igreja e para onde estamos caminhando”, acrescenta padre Hélio.
Os destaques
Conforme o documento apresentado, as missas e as festas dos padroeiros continuam sendo os momentos mais favoráveis ao encontro, oração e participação. O crescimento de pastorais, movimentos e grupos de oração, assim como a maior proximidade entre famílias, jovens e novas vocações, foram reconhecidos como sinais consolidados da presença de Deus na vida paroquial. Já a celebração do Corpus Christi, o Ano Jubilar, as peregrinações e a canonização de Carlo Acutis, marcaram profundamente o calendário espiritual da paróquia em 2025, reforçando suas expressões de fé e devoção.
A Assembleia evidenciou que a comunhão vivida nas celebrações também se manifesta nos serviços voluntários, ações sociais, mutirões, nas visitas a doentes e idosos, e na dedicação dos coroinhas, ministros, catequistas e coordenadores. Neste contexto, as comunidades percebem que a presença de Deus se revela na fraternidade, na alegria, na partilha e no esforço conjunto, inclusive nos momentos de dificuldade, quando a solidariedade se faz mais necessária.
Os desafios
Entre as fragilidades apontadas, o encontro revelou a necessidade de fortalecer o diálogo interno, ampliar a integração entre comunidades e pastorais e aprimorar o planejamento conjunto. A falta de comunicação em alguns processos, a sobrecarga de poucos voluntários, a pouca adesão às formações, a limitação de recursos financeiros e materiais e, algumas vezes, a ausência do acompanhamento sacerdotal, foram citadas como desafios que devem ser superados de forma comunitária.
A formação dos leigos foi reconhecida como preocupação constante da paróquia, que tem oferecido escolas teológicas, encontros litúrgicos, retiros e atividades de espiritualidade. Entretanto, muitas formações ainda se concentram na Matriz, o que reduz a participação das comunidades. Por isso, a Assembleia reforçou a necessidade de ampliar as oportunidades formativas, descentralizar atividades, investir em formação continuada e desenvolver programas que incentivem novos líderes, especialmente entre os jovens.
No campo missionário, a reunião destacou que a paróquia tem caminhado ao encontro das pessoas, sobretudo por meio das visitas aos doentes e idosos, dos Grupos Bíblicos em Família, dos retiros juvenis e da atuação dos ministros e missionários. Porém, a missão ainda depende da disponibilidade de poucos. Desta forma, a Assembleia reforçou a importância de ampliar a evangelização nos bairros, fortalecer a acolhida e integrar melhor as pastorais.
Espírito de comunhão
A juventude foi reconhecida como sinal de desafio e de esperança. Embora a Missa Jovem seja reconhecida como um importante espaço de evangelização, o fomento de grupos juvenis e a descentralização das ações ainda exigem maior acompanhamento.
Outro ponto importante foi o fortalecimento da comunhão. A Assembleia destacou que a unidade cresce quando há encontros de formação, oração e convivência, aliados à humildade, ao serviço, ao testemunho de vida e ao diálogo constante entre lideranças.
A catequese foi tratada como pilar essencial da paróquia. Há reconhecimento de que o método de Iniciação à Vida Cristã (IVC) tem aproximado famílias, despertado participação e contribuído para formar discípulos.
Ainda em 2025, a vivência do Ano Santo e do centenário da morte do Pe. Dehon foram lembrados como um períodos de graça, com retiros, peregrinações e celebrações. Para os participantes, o momento reforçou a fé e convidou à conversão e ao serviço.
A Assembleia Paroquial encerrou com o compromisso de fortalecer a unidade, ampliar a participação e renovar a missão evangelizadora. Houve o entendimento de que a paróquia cresce quando caminha unida, escuta suas comunidades e coloca seus dons a serviço do Evangelho, sempre inspirada pela espiritualidade do padroeiro, São Luís Gonzaga, e pelo chamado a ser uma Igreja viva, acolhedora e em saída.















