O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, marca um momento de reflexão sobre a diversidade e sobre a contribuição histórica da população afrodescendente para a formação do Brasil — e também de Brusque.
Muito antes da chegada dos imigrantes europeus, na década de 1860, a região já era habitada por famílias de origem africana. Entre os registros mais antigos estão os Fortunato, de 1849, vindos de Angola. Documentos históricos também revelam a presença de pessoas escravizadas no período colonial, evidenciando que a história brusquense tem, desde seus primeiros capítulos, influências afro-brasileiras.
Ao longo do século XX, novas famílias afrodescendentes passaram a fazer parte da construção da cidade. Os Domingos Francisco, conhecidos como Os Ginócas, originários do reino de Benguela, chegaram em 1910. Já os Reis se estabeleceram em 1940 e tiveram participação importante na fundação da Fundição Hércules. Nos anos 1950, vieram os Ciprianos, da região da Costa da Mina, ampliando ainda mais a presença cultural africana na cidade.
Nos últimos anos, Brusque também passou a receber migrantes afrodescendentes de diferentes estados brasileiros, o que reforça a diversidade social e cultural do município. Segundo o IBGE (2022), cerca de 4,7% da população local se declara preta ou parda.
Celebrar o Dia da Consciência Negra em Brusque é reconhecer essa trajetória, valorizar identidades e promover respeito, igualdade e inclusão. É assumir que a história da cidade foi construída por muitos povos — e que o futuro também deve ser marcado pela diversidade.
Fonte: Museu Casa de Brusque
