A Câmara Municipal de Brusque esteve reunida nesta terça-feira (9/9) quando aprovou o projeto que regulamenta o consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos da cidade. A proposta, construída com apoio de entidades empresariais e da sociedade civil, busca reforçar a ordem pública e dar mais condições de atuação às forças de segurança no enfrentamento de situações envolvendo consumo de álcool em praças, ruas e outros locais coletivos.
O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Marlon Sassi, representando ainda CDL, Ampe, Sindilojas e demais entidades, destacou a importância da medida. Segundo ele, a aprovação do projeto é resultado de um trabalho coletivo, em diálogo constante com o legislativo. “Buscamos uma forma de proteger as pessoas, porque quem está nas ruas bebendo também está em perigo. Por causa de poucos, toda a comunidade acaba sofrendo, e precisamos agir”, disse Sassi. Ele reforçou que a iniciativa segue tendência já adotada em municípios vizinhos e em diversas cidades europeias.
Por sua vez, o vereador Alessandro Simas ressaltou a relevância do projeto. Conforme explicou, a proposta vinha sendo debatida há anos com entidades e sociedade, e agora retorna de forma madura. “Não se trata de penalizar comerciantes, mas de coibir a bagunça e a algazarra em áreas públicas, que trazem transtornos para cidadãos e lojistas”, afirmou.

Debate sobre a saúde municipal
Ainda na sessão desta terça-feira, a vereadora Bete Eccel utilizou a tribuna para cobrar esclarecimentos sobre o déficit de R$ 20 milhões apontado na Saúde municipal. Ela lembrou que o secretário de Saúde havia apresentado dados preocupantes e afirmou que continuará cobrando transparência. “Não podemos aceitar apenas explicações orais, precisamos de documentos e comprovações. A população é quem mais sofre com a falta de recursos para exames e atendimentos”, pontuou.
A vereadora ainda lamentou a rejeição do requerimento que pedia a convocação do prefeito e do secretário de Saúde para prestar contas sobre a situação. “Esse não é um debate de partidos, mas de responsabilidade com a comunidade”, reforçou.
O vereador Paulinho Sestrem (PL), líder de governo na Câmara, destacou que já foi aprovado outro requerimento para que o secretário compareça à Câmara na próxima sessão. Ele ponderou que o município tem investido mais de 30% do orçamento em saúde — o dobro do que a lei exige — e que ajustes de gestão são naturais com a troca de comando na pasta. “Se houver algo errado, o próprio secretário vai esclarecer. Mas é preciso cuidado para que informações isoladas não causem alarme desnecessário”, disse.
Segundo Sestrem, mesmo diante de atrasos em repasses federais, a Prefeitura se organizou financeiramente e conta com superávit da gestão anterior para manter os serviços. “A saúde sempre enfrenta dificuldades, mas a administração vem trabalhando com transparência e planejamento”, completou.
