Na sessão desta terça-feira (9/12), a Câmara de Brusque recebeu as moradoras Edilaine Borges Gomes Torresani e Ana Maria Ketzer Preti, representantes do bairro Limeira, que fizeram um apelo para que sejam tomadas providências quanto à empresa de processamento de resíduos localizada na comunidade.
As denúncias giram em torno do forte odor proveniente da empresa, que há anos afeta diretamente residências, a Escola Alberto Pretti, a Unidade Básica de Saúde (UBS) e outros estabelecimentos próximos. Segundo as moradoras, o cheiro tem causado mal-estar, vômitos e desconforto constante, além de afetar crianças, professores e idosos que vivem ou frequentam o local.
“É terrível. Não tem como aguentar”, diz moradora
A moradora Ana Maria Ketzer Preti relatou com emoção os efeitos do problema, que já se arrasta há mais de quatro anos:
“Faz quatro anos que a gente está nessa luta. Foi fechado, foi reaberto, e o problema continua. O cheiro é terrível. Eu moro na frente da escola Alberto Pretti, já teve professor passando mal, criança passando mal. Meu marido sai para a rua de manhã e vomita por causa do cheiro.”
Ela explicou que, dependendo da direção do vento, outras áreas da Limeira também são afetadas, incluindo a Limeira Alta. Além do impacto na saúde e na rotina das famílias, Ana Maria destacou que a comunidade já enfrentou até ações judiciais por denunciar a situação, mas reforçou que tudo o que dizem é a realidade vivida diariamente.
“O problema não está só com a Prefeitura, está na Justiça. O Ministério Público foi quem reabriu. Já fomos até processados por formação de quadrilha pelo antigo dono, mas tudo foi arquivado, porque falamos a verdade.”
“Cheiro existe, não é demagogia”, afirma vereador Joubert
O vereador Joubert Lungen (Podemos), autor do requerimento que garantiu a fala das moradoras na tribuna, reforçou o apoio à comunidade e declarou que já visitou o local.
“Não estamos contra a empresa, mas contra o local em que ela foi instalada. Próxima a creche, escola, UBS, e famílias que sofrem com o cheiro. O cheiro existe, não é demagogia, e a população está no direito de reivindicar.”
Próximos passos
Conforme informado pelo vereador Joubert Lungen, o processo de reintegração do terreno já foi protocolado pela Prefeitura e agora depende apenas da decisão da juíza responsável para que a área volte ao controle do município e possa receber uma nova destinação.
Enquanto isso, a comunidade segue mobilizada, contando com o apoio do Legislativo, e espera que esta seja a última vez que precise subir à tribuna para falar do mesmo problema.
















