As possibilidades de pesquisa científica sobre a captação e usabilidade da água têm sido o foco da UNIFEBE durante a viagem internacional à Alemanha. A instituição, representada pela reitora, professora Rosemari Glatz, e pela coordenadora de Engenharia Química, professora Rafaela Bohaczuk Venturelli Knop, integra a comitiva brasileira ao lado do prefeito de Brusque, André Vechi, secretários municipais e representantes da Fundema, que cumprem agenda no país europeu.
O tema vem ao encontro do Laboratório UNIFEBE do Vale do Itajaí-Mirim, aprovado no Programa MultiLab SC – Laboratórios Multiusuários da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), espaço onde será realizada a pesquisa avançada de mapeamento e acompanhamento da qualidade da água do Rio Itajaí-Mirim.
Segundo a coordenadora de Engenharia Química da UNIFEBE, a água potável é um tema emergente, principalmente na Alemanha. Em visita à Stadtwerke – serviços públicos de Ettlingen, os representantes brusquenses visualizaram a estação de captação e reservatório de água. No país europeu, a captação da água é feita diretamente do lençol freático. O recurso natural passa por um filtro físico de areia e carvão e, após filtrada, a água é distribuída diretamente à população. “Os cidadãos têm água potável, de qualidade, sem nenhum tipo de tratamento químico e biológico. É um modelo diferenciado que pretendemos estudar com mais afinco”, explica a professora Rafaela.
Diferente da Alemanha, Brusque e região utilizam a captação de água de superfície (água dos rios), explica a pesquisadora. Nesse sentido, para melhorar a qualidade da água distribuída à população, o recurso passa por tratamento químico, físico e uma série de adições de produtos exigidas pela legislação. A coordenadora do projeto de pesquisa avançada de mapeamento e acompanhamento da qualidade da água do Rio Itajaí-Mirim revela que, com os cases apresentados na viagem internacional, a UNIFEBE amplia as possibilidades de pesquisa. “Saímos da visita com muitas ideias sobre outras perspectivas a serem pesquisadas, dessa vez com relação aos lençóis freáticos na nossa região. Para estudar a viabilidade de uma captação subterrânea em vez de superficial. Neste caso, a pesquisa precisaria analisar o tamanho do lençol freático e se ele conseguiria atender à demanda de abastecimento, além de outras questões técnicas necessárias à captação e distribuição da água”.
A ideia de ampliar e buscar novas pesquisas, avalia a reitora da UNIFEBE, professora Rosemari Glatz é de, por meio de estudos técnicos e científicos, propor melhorias à população de Brusque e região. “O conhecimento produzido na universidade só é palpável se ele for aplicado em prol do desenvolvimento social e econômico. Por isso, integramos a comitiva brusquense que está na Alemanha, por entendermos que o papel de uma instituição comunitária é de se envolver ativamente. Neste caso, utilizando os cases de sucesso das cidades que integram o Distrito de Karlsruhe, com o qual Brusque possui parceria, como inspirações para produzir conhecimento científico e novos projetos”.
A agenda na Alemanha segue até este domingo, dia 1.º de dezembro, quando a comitiva retorna ao Brasil.
