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Cesta básica de Brusque recua 2,43% em agosto, mas acumula alta no ano

Pesquisa do Fórum Sindical, Sintrafite e Dieese mostra que carne segue como vilã da cesta

Fonte: Imagem: Ilustrativa

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A cesta básica de Brusque registrou queda de 2,43% em agosto de 2025 frente a julho, passando a custar R$ 675,13. Apesar da retração, no acumulado de 2025 o valor ainda apresenta alta de 2,60%, e em comparação com agosto de 2024, a elevação chega a 7,20%.

Em comparação com as capitais pesquisadas, Brusque ocupa a 17ª posição no ranking das cestas mais caras do país.

A pesquisa é realizada pelo Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região – o Fórum Sindical, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis – Sintrafite e o Dieese, em parceria que busca oferecer informações fundamentais para trabalhadores e trabalhadoras acompanharem a variação do custo de vida.

Na análise do mês, a carne tendo o maior custo da cesta básica. Mesmo sem registrar a maior variação em agosto, o produto continua sendo o que mais pesa no bolso do trabalhador: sozinho, ele representa 40,8% de todo o gasto mensal com alimentação, custando R$ 275,52 para a quantidade prevista na cesta.

Ao lado da carne, outros produtos também pressionaram o orçamento em agosto e podem ser considerados vilões conjunturais. Entre eles, estão a banana (4,13%), a batata (3,23%), o óleo de soja (2,27%), o pão (1,38%), o açúcar (0,70%) e o leite (0,21%), todos com aumento nos preços médios no período.

Já os mocinhos do mês foram os produtos que apresentaram as maiores quedas de preço e ajudaram a reduzir o valor da cesta. O destaque foi o tomate (-23,10%), seguido do arroz (-5,39%), do café em pó (-2,66%), do feijão (-2,02%), da manteiga (-1,32%) e da farinha de trigo (-0,25%).

Um trabalhador remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.518,00 precisou dedicar 97 horas e 51 minutos de sua jornada mensal para adquirir a cesta básica em agosto.

Em julho, o tempo havia sido maior (100 horas e 17 minutos), enquanto em agosto de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412,00, o trabalhador precisava de 98 horas e 7 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, com desconto de 7,5% da Previdência Social, a cesta comprometeu 48,08% da renda em agosto de 2025.

Tabela – Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

Custo e variação da cesta básica em Brusque – agosto de 2025

ProdutoQuantidadePreço Médio (R$)Gasto Mensal (R$)Variação Mensal (%)% do salário mínimo líquidoPeso no gasto total (%)Tempo de trabalho necessário
Carne6 Kg45,92275,520,7519,6240,8139 h 56 min
Leite7,5 L4,7535,630,212,545,285 h 10 min
Feijão4,5 Kg4,8621,87-2,021,563,243 h 10 min
Arroz3,0 Kg5,0915,27-5,391,092,262 h 13 min
Farinha1,5 Kg3,975,96-0,250,420,880 h 52 min
Batata6,0 Kg3,5221,123,231,503,133 h 4 min
Tomate9,0 Kg7,2965,61-23,104,679,729 h 31 min
Pão6,0 Kg16,1396,781,386,8914,3414 h 2 min
Café0,6 Kg61,8737,12-2,662,645,505 h 23 min
Banana7,5 Dz4,7935,934,132,565,325 h 12 min
Açúcar3,0 Kg4,3413,020,700,931,931 h 53 min
Óleo1080 ml7,208,642,270,621,281 h 15 min
Manteiga0,75 Kg56,8842,66-1,323,046,326 h 11 min
Total675,13-2,4348,0897 h 51 min

Fonte: Dieese e Conab

A criação da cesta básica no Brasil

A cesta básica foi instituída em 1938, no governo de Getúlio Vargas, como referência para o cálculo do salário-mínimo.

O objetivo era garantir o acesso a um conjunto de alimentos essenciais para suprir, por um mês, as necessidades nutricionais de um trabalhador adulto.

Desde então, a pesquisa da cesta básica é um termômetro do custo de vida, servindo de parâmetro para avaliar o poder de compra da população e orientar políticas salariais.

*Com informações da Comunicar Jornalismo

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