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Craques do futebol catarinense e brasileiro são homenageados no Bandeirante

Partida histórica entre Clube 25 do Band e ex-jogadores ilustres foi realizada neste sábado, 27 de abril

Fonte: Fotos: Vanessa Fagundes / Amplitude Comunicação

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Muito futebol, amizade e conversa boa. No sábado, 27 de abril, a Sociedade Esportiva Bandeirante, recebeu convidados ilustres que marcaram história no futebol brasileiro. O encontro foi promovido pelo grupo de feirino “Clube 25” e contou com a presença de ex-atletas que já conquistaram títulos catarinenses, gaúchos e até mesmo brasileiros

Para dar o pontapé inicial ao evento, um jogo amistoso entre Clube 25, e os ex-atletas profissionais. Em uma partida descontraída e de muita diversão, os ex-jogadores deixaram a rivalidade do passado de lado, se uniram e venceram o Clube 25 por 2 a 0.

Outro jogo que fez parte da programação foi entre o Clube 25 e os Amigos do Jairo Lenz, de São João do Itaperiú (SC), com placar de 5 x 3 para os anfitriões do evento.

Além de relembrar os bons momentos vividos no esporte, os atletas convidados também foram homenageados: Achilles Pagnoncelli, 3º maior artilheiro da história com a camisa do Marcílio Dias, Jorge Batista, goleiro que conquistou o único título estadual pelo Marinheiro, Robson Machado, bicampeão gaúcho e bicampeão catarinense, Mário Gianezini, autor de um gol histórico pelo Blumenau Esporte Clube, que deu a vitória de 1 x 0 sobre o Flamengo do técnico Zagallo e dos craques Zico, Bebeto, Júnior e companhia, e Valdir Appel, campeão brasileiro com o Vasco da Gama em 1970, (confira mais sobre os ex-jogadores abaixo), receberam uma placa em agradecimento aos anos dedicados ao futebol ao longo de toda a carreira.

Emocionado, o brusquense Robson Machado, o Bob, relembrou o início da carreira. “Eu iniciei minha carreira no Clube Paysandú, no infantil, e depois fui para o Carlos Renaux. Eu tinha apenas 19 anos quando surgiu a oportunidade de ir para o Internacional, no Rio Grande do Sul e lá tive duas conquistas: ser bicampeão gaúcho e campeão brasileiro em 1979. Depois fui para o Coritiba, onde não obtive títulos. Na sequência, fui para Novo Hamburgo e encerrei minha carreira com 27 anos. É uma alegria enorme estar aqui hoje, relembrar tudo isso, reencontrar os velhos amigos e rivais, e poder sentir tudo o que eu estou sentindo. Quero agradecer quem pôde participar desse momento e proporcionou isso para nós. Eu acho bacana a gente ser homenageado em vida, realmente é uma alegria muito grande. Vocês não sabem o que significa isso aqui para mim. É como ganhar na loteria sozinho”, afirmou.

Organizado pelo também ex-atleta, João Carlos da Silva, conhecido como Balduíno, o jogador que mais disputou o clássico Avaí e Figueirense: 75 vezes vestindo as duas camisas, o evento teve a participação de Edemar Luiz Aléssio, o Palmito, que também foi homenageado por Balduino.

“Gosto de fazer homenagens a pessoas que marcaram a nossa vida, especialmente no futebol. E eu já havia feito uma homenagem ao Palmito, mas ele não pôde ir durante a pandemia, em Florianópolis. Então pensando em agradecê-lo da forma que eu gostaria, foi que relembrei de outros grandes nomes do futebol, que têm muita história, e em parceria com o Clube 25, é que conseguimos estar aqui hoje no Bandeirante fazendo esse lindo evento. Eu acredito muito na gratidão e gosto de lembrar e homenagear essas pessoas que fizeram uma história bonita”, disse Balduino.

Palmito também fez questão de agradecer pela homenagem e pela parceria do Band com o esporte. “Agradecemos a todos pela presença, ao Clube Bandeirante, por sempre acolher as pessoas e parabenizar todos os homenageados pela longa história no futebol. Foi um evento emocionante em todos os sentidos”, destacou. 

Os homenageados

Achilles Pagnoncelli, nascido em 1940 na cidade de Concórdia, é o 3º maior artilheiro da história com a camisa do Marcílio Dias. Tem a marca de 230 jogos pelo Marinheiro de Itajaí. Jogava como atacante e era conhecido pelo seu faro de gol. Iniciou sua carreira no Guaicurus de Concórdia e depois foi para Itajaí trabalhar no Banco INCO, onde começou a jogar no Marcílio Dias. Foi tetracampeão da cidade e campeão estadual em 1963. Fez o gol da inauguração dos refletores do Estádio Hercílio Luz em jogo festivo contra o Coritiba, marcando o gol contra o goleiro Raul Plasmann em 1964. Em 1965 foi levado por Delfim de Pádua Peixoto Filho para o Internacional de Porto Alegre. Voltou a Itajaí e jogou no Clube Almirante Barroso e no Marinheiro novamente, onde encerrou a carreira.

Mário Gianezini, mais conhecido por Mário Botuverá. Natural de Botuverá, o meia atacante, jogou no Paysandu, Carlos Renaux, Anapolina, Juventus de São Paulo, Guarani de São Paulo, Marcilio Dias, Blumenau e Sport Recife. Foi campeão da Taça de Prata pelo Juventus de São Paulo, em 1983. Foi autor de um gol histórico pelo Blumenau Esporte Clube, que deu a vitória de 1 x 0 sobre o Flamengo do técnico Zagallo, e dos craques Zico, Bebeto, Júnior e companhia. Na sua época de Juventus e Anapolina enfrentou os grandes atletas do futebol brasileiro.

Jorge Batista, natural de Joinville, depois foi para Itajaí, onde foi um dos maiores goleiros da história do Marcílio Dias, muito respeitado pelos seus adversários. Conhecido por ser um goleiro de boa impulsão e muito ágil. Na sua época a bola era muito pesada e o goleiro não usava luvas. Começou a sua carreira com 17 anos em Joinville. Jogou também pelo Palmeiras de Blumenau, Juventus de Rio do Sul e Carlos Renaux de Brusque. Também jogou na Seleção Catarinense. Conquistou pelo Marcílio Dias o único título de Campeão Catarinense em 1963.

Robson Machado, natural de Brusque, mais conhecido como Bob, começou sua carreira no Clube Atlético Carlos Renaux. Depois foi para o Internacional de Porto Alegre, onde foi bicampeão gaúcho em 1978, 1979 e campeão brasileiro em 1979. Também foi bicampeão catarinense pelo Joinville Esporte Clube 1980 e 1981. Jogou no Coritiba do Paraná. Foi campeão catarinense pelo Brusque Futebol Clube em 1992 como preparador de goleiros. Foi também campeão do interior pelo Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul.

Já Valdir Appel, é natural de Brusque e foi um dos grandes goleiros do futebol brasileiro. Jogou em várias equipes pelo país, entre elas Clube Atlético Carlos Renaux, América do Rio de Janeiro, Vasco da Gama, Sport Clube de Recife, Campo Grande, Bonsucesso, Volta Redonda, América de Natal, Goiânia, Ceub do Distrito Federal, entre outras equipes. Foi campeão carioca em 1970, pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Já escreveu 5 livros, que retratam as histórias do futebol, do qual tem um grande conhecimento.

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