Na tarde desta quarta-feira (10/12), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina, por meio do CyberGAECO e em apoio à 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Brusque, cumpriu um mandado de busca e apreensão em Guabiruba. A ação dá continuidade às operações realizadas em junho, agosto e setembro deste ano, todas direcionadas ao enfrentamento da produção, armazenamento e compartilhamento de material relacionado ao abuso sexual de crianças e adolescentes. A ordem judicial foi expedida pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí.
O cumprimento do mandado resultou na apreensão de um dispositivo eletrônico, que será submetido à extração pericial pela Polícia Científica de Santa Catarina, com a preservação da cadeia de custódia e posterior análise para o prosseguimento das investigações.
A operação teve início após informações repassadas pela Polícia Federal, por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil. Durante o aprofundamento das apurações, surgiu a suspeita de que o investigado, além de compartilhar arquivos contendo cenas de exploração sexual infantil, possa também ter produzido a imagem investigada, o que evidencia a gravidade dos fatos apurados.
O nome Expurgo, segundo o MP, representa a ideia de limpeza profunda e erradicação total, reforçando a postura de intolerância das autoridades diante de crimes envolvendo pornografia infantil. A operação visa fortalecer a atuação da força-tarefa especializada no enfrentamento aos delitos cibernéticos, especialmente aqueles praticados contra crianças e adolescentes.
A Expurgo IV integra uma série de ações desencadeadas ao longo de 2025 pelo CyberGAECO, nas quais já foram presos cinco investigados e cumpridos outros 11 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades do Estado.
Os materiais apreendidos nesta fase serão encaminhados à Polícia Científica, responsável pelos exames e laudos periciais. As evidências serão analisadas pelo CyberGAECO para avançar nas diligências, identificar possíveis envolvidos e investigar a existência de uma rede criminosa.
As investigações correm sob sigilo e novas informações serão divulgadas quando houver autorização judicial. O Ministério Público de Santa Catarina reforça que a operação representa mais um passo no combate qualificado aos crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes, reafirmando o compromisso com a proteção da infância e a repressão à criminalidade digital.
















