Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviaram nesta terça-feira (12) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa deixar a prisão domiciliar no próximo sábado (16) e realizar uma série de exames.
Sintomas de refluxo e soluços persistentes
Segundo a defesa, Bolsonaro voltou a apresentar crises de soluço e sintomas de refluxo, problemas que já vinham sendo tratados, mas que agora exigem nova avaliação médica.
A solicitação inclui procedimentos como coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia. A previsão é de que a bateria de exames dure entre seis e oito horas. O pedido destaca que, dependendo dos resultados, poderão ser indicados novos tratamentos ou exames complementares.
Visitas e situação jurídica
Na mesma petição, os advogados solicitaram que Bolsonaro seja autorizado a receber quatro aliados em sua casa: o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o vice-prefeito de São Paulo Ricardo Augusto Mello de Araújo e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após descumprimento de restrições impostas pelo STF. Segundo Moraes, o ex-presidente usou redes sociais de aliados para difundir mensagens contra a Corte e favoráveis à intervenção estrangeira no Judiciário.
Ação penal e possível julgamento
A defesa tem até esta quarta-feira (13) para apresentar alegações finais na ação penal que investiga a chamada trama golpista. Bolsonaro responde por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Após essa fase, o caso seguirá para julgamento na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros.