Publicidade

Delegado detalha operação que apura fraude de R$ 1,6 milhão em Guabiruba

Mandados e apreensões foram cumpridos após investigação

Fonte: Imagem: Pedro Paulo Angioletti

Publicidade

A Polícia Civil divulgou, na manhã desta quarta-feira (10/12), detalhes sobre a operação “Confiança Quebrada”, deflagrada para desarticular um esquema de crimes financeiros que teria causado prejuízo de R$ 1,6 milhão a clientes de instituições de crédito em Guabiruba. A ação é conduzida pela Delegacia da cidade em conjunto com a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Brusque.

Em entrevista coletiva, o delegado Fernando de Farias, da DIC, explicou que o principal investigado — um homem de 31 anos, morador de Guabiruba — atuou como gerente de contas em duas agências de crédito do município. Aproveitando-se da relação de confiança construída com os clientes, ele teria se utilizado de artifícios fraudulentos para obter senhas, autorizações e acesso a movimentações bancárias.

“Ele usou da confiança que tinha na comunidade para praticar golpes. Convencia as vítimas a fornecer senhas ou autorizava operações em nome delas, sempre com aparência de legalidade. No fim, desviou valores que chegam a aproximadamente R$ 1.600.000,00”, afirmou o delegado.

Esquema envolvia manipulação de contas e reinserção de valores

Segundo o policial, o investigado agia desde 2023 e lesou mais de dez pessoas, entre físicas e jurídicas. Para mascarar os desvios, ele realizava manobras internas nas contas das vítimas. Quando alguém percebia falta de valores, ele usava dinheiro de outra conta para “cobrir o rombo” temporariamente, mantendo a confiança do cliente.

Os valores desviados eram depositados tanto em sua própria conta quanto nas contas de pessoas próximas, utilizadas como possíveis “laranjas”. A Polícia Civil ainda apura se esses envolvidos tinham conhecimento da origem ilícita dos recursos.

“Acreditamos que, ao menos duas dessas pessoas, sabiam da procedência criminosa do dinheiro. Dificilmente alguém recebe grandes quantias sem questionar a origem”, observou o delegado.

Mandados e bloqueio judicial milionário

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca, prisão e sequestro de bens em Guabiruba. Em residências vinculadas ao investigado, a Polícia Civil apreendeu documentos, notebook, celulares, extratos bancários e materiais que agora passam por análise técnica.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1.595.000,00 em bens do suspeito e de pessoas próximas. O objetivo é garantir a devolução dos valores às vítimas, caso seja confirmada a autoria e materialidade dos crimes.

Crimes investigados

O ex-gerente é investigado pelos crimes de:

  • Estelionato,
  • Falsidade ideológica,
  • Lavagem de capitais.

A operação também busca esclarecer se há outros envolvidos e qual o nível de participação de terceiros no esquema.

Próximos passos da investigação

A análise dos materiais apreendidos deverá revelar a forma exata de operação do esquema e possível ampliação do número de vítimas. A Polícia Civil não descarta novos desdobramentos nos próximos dias.

O delegado reforçou que a investigação teve início após denúncias e pede que possíveis vítimas ou pessoas que tenham informações procurem a corporação.

“Nosso compromisso é restituir os valores e responsabilizar todos os envolvidos. A operação continua e novas diligências serão realizadas”, concluiu Farias.

Nota Oficial

Durante a manhã, a Polícia Civil também enviou à imprensa Nota Oficial sobre a operação:

NOTA OFICIAL – OPERAÇÃO “CONFIANÇA QUEBRADA”

A Polícia Civil de Santa Catarina informa que, na manhã desta quarta-feira (10), foram cumpridos mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueio judicial de bens em desfavor de um ex-gerente de instituição financeira, investigado por praticar estelionatos e fraudes bancárias contra clientes e empresas de Guabiruba.

As investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia da Comarca de Guabiruba identificaram, até o momento, 13 vítimas, entre pessoas físicas e jurídicas, que tiveram contas manipuladas sem autorização, boletos fraudados, empréstimos contratados de forma ilícita e limites bancários alterados de maneira clandestina, além de desvio de valores para a conta de pessoas próximas ao suspeito.

O prejuízo total apurado alcança aproximadamente R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais), valor que ainda pode aumentar com a perícia do material coletado.

No cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e registros bancários, cuja análise subsidiará as etapas seguintes da investigação.

Além disso, foram cumpridas medidas de sequestro e bloqueio de bens pertencentes ao investigado e às pessoas vinculadas a ele, visando garantir futura reparação financeira às vítimas e impedir a dissipação do patrimônio obtido de forma ilícita.

A prisão preventiva foi decretada pelo Poder Judiciário em razão da gravidade das condutas, do risco de continuidade delitiva e da necessidade de preservação da instrução criminal.

Após o seu interrogatório, o investigado de 31 anos foi encaminhado à unidade prisional de Brusque, estando à disposição da Justiça.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Publicidade

Fale Conosco

plugins premium WordPress

Utilizamos cookies para lhe proporcionar a melhor experiência no nosso portal. Conheça nossa Política de privacidade ou clique em continuar no botão ao lado.