A sessão ordinária da Câmara Municipal de Brusque, realizada nesta terça-feira (5/8), teve como destaques dois projetos voltados à valorização do educador especial e à transparência nos contratos de locação da administração pública. As propostas foram apresentadas pelos vereadores Paulinho Sestrem e Felipe Hort.
Paulinho Sestrem propõe criação da Semana do Educador Especial
Líder do governo na Câmara, o vereador Paulinho Sestrem apresentou um projeto que institui a Semana Municipal do Educador Especial. A proposta visa dar visibilidade à atuação desses profissionais e promover ações de conscientização sobre a importância do acolhimento e inclusão de alunos com necessidades especiais.
Sestrem destacou que o objetivo é iniciar um debate mais amplo sobre o tema junto à Secretaria de Educação e à comunidade escolar. “Esse projeto é um pontapé inicial para que possamos discutir estratégias de acolhimento e capacitação desses profissionais, que são a porta de entrada para o aluno com deficiência. Se esse primeiro elo da engrenagem falha, toda a estrutura é prejudicada”, afirmou.
O vereador também chamou atenção para o crescimento da demanda por educadores especiais na rede municipal. “Temos salas, como a da Nova Brasília, com sete crianças que necessitam de acompanhamento. É um tema sensível que exige ação prática, com oficinas, rodas de conversa e eventos que envolvam não só os profissionais, mas também pais e toda a comunidade escolar”, completou.
Felipe Hort defende mais transparência em imóveis alugados pela Prefeitura
Outro destaque da noite foi a aprovação, em primeira votação, do projeto de lei do vereador Felipe Hort, que determina a instalação de placas informativas em imóveis alugados pela Prefeitura de Brusque. A medida visa informar à população que aquele espaço é locado com recursos públicos, além de facilitar o acesso a dados como valor do contrato, locador e tempo de vigência.
Segundo Hort, a proposta surgiu após uma conversa com o Observatório Social de Brusque, durante o evento “Café com os Eleitos”, em fevereiro. “É uma forma de o cidadão, que é quem paga os impostos, acompanhar de perto como está sendo gasto o dinheiro público. Muitas vezes, essas informações estão disponíveis no portal da transparência, mas são de difícil acesso para a maioria das pessoas”, explicou.
O projeto prevê, ainda, o uso de QR Codes nas placas, permitindo que qualquer cidadão acesse rapidamente os dados do contrato com a câmera do celular. “É um passo importante para que o cidadão se torne fiscal do uso do dinheiro público. Com mais transparência, teremos mais responsabilidade na gestão”, concluiu.