O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) confirmou oficialmente, nesta quarta-feira (12), sua pré-candidatura ao Senado por Santa Catarina. O anúncio foi feito durante a cerimônia de entrega da Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Visivelmente emocionado, Carlos declarou que está encerrando sua trajetória de 25 anos como vereador na capital fluminense. “Estou encerrando uma trajetória aqui na cidade do Rio de Janeiro, a cidade que eu amo, a cidade que eu cresci, mas vou me aventurar em outros ares tão difíceis quanto esses”, afirmou ao público presente.
Ligação com SC e valores bolsonaristas
Carlos Bolsonaro ressaltou sua ligação com o estado catarinense, onde, segundo ele, esteve diversas vezes ao lado do irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em campanhas eleitorais. Como símbolo dessa relação, destacou uma visita a Joaçaba, no Meio-Oeste de SC, onde conheceu uma iniciativa de recuperação de presos inspirada nas ideias do professor Olavo de Carvalho.
O vereador também reforçou que, independentemente do cargo ou local, continuará defendendo os valores da família Bolsonaro, herdados do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Tenho absoluta certeza que, onde eu estiver, vou carregar os valores que meu pai ensinou”, disse.
Pré-candidatura acirra disputa no PL catarinense
A movimentação de Carlos Bolsonaro rumo ao Senado por Santa Catarina mexeu com o cenário político local, principalmente dentro do PL, partido que concentra diversas lideranças conservadoras no estado.
Entre os nomes que reagiram à possível candidatura estão a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) e o atual senador Jorge Seif (PL-SC) — que também é cotado para disputar a reeleição em 2026.
Seif chegou a protagonizar uma polêmica recente ao minimizar a trajetória política de Campagnolo, dizendo que “ela não era nada, era uma professora” antes de entrar para a política. A frase gerou forte repercussão nas redes sociais.
Nome de Carlos amplia tensão na base bolsonarista em SC
A possível disputa interna entre aliados do bolsonarismo acende o alerta no PL catarinense, que terá que administrar egos, alianças e interesses visando as eleições de 2026.
Enquanto isso, a presença de Carlos Bolsonaro no estado tende a ampliar o debate sobre representatividade, fidelidade ao bolsonarismo e protagonismo nacional de SC, uma das principais bases eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro.
















