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Ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres é preso pela PF após decisão final do STF

Ex-ministro da Justiça foi preso após não ser encontrado em casa pela PF pela manhã

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Anderson Torres foi preso pela Polícia Federal na tarde desta terça-feira (25) após a confirmação do trânsito em julgado de sua condenação por tentativa de golpe de Estado. A PF havia ido à residência dele, no Jardim Botânico, mais cedo, mas não o encontrou naquele momento. Horas depois, a corporação confirmou a prisão, sem divulgar o local onde ocorreu.

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, condenado a 24 anos de prisão, cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, o Papudinha. Torres, ex-delegado da própria PF, está entre os condenados do núcleo 1 da trama golpista, grupo que inclui também o ex-presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, além dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Mandados de prisão contra esses militares também foram cumpridos nesta terça, e o Exército preparou celas no Comando Militar do Planalto. O almirante Almir Garnier Santos também foi detido em Brasília.

Na véspera, Torres havia pedido ao STF para cumprir eventual pena na Superintendência da Polícia Federal ou no Batalhão de Aviação Operacional da PMDF, alegando condições psicológicas delicadas. A defesa relatou que ele trata um quadro de depressão desde a primeira prisão, em janeiro de 2023, fazendo uso contínuo de antidepressivos e antipsicóticos. Os advogados argumentam que sua saúde tornaria incompatível a permanência em um presídio comum.

A condenação da Primeira Turma do STF considerou um conjunto de atos atribuídos a Torres. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, ele utilizou o cargo no Ministério da Justiça para tentar criar obstáculos à chegada de eleitores às urnas no segundo turno de 2022, por meio de operações da PRF. O tribunal também analisou sua conduta nos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando chefiava a Secretaria de Segurança Pública do DF e deixou o país dias antes, mesmo ciente de alertas sobre risco de ataques. Outro ponto determinante foi a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa, descrita como indicativo de articulação para tentar reverter o resultado eleitoral.

Com a prisão formalizada e a condenação tornada definitiva, os próximos passos deverão envolver definições sobre o cumprimento da pena, eventuais pedidos da defesa e decisões do STF quanto ao regime e local de detenção.

Com informações: Metrópoles

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