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Generais Heleno e Paulo Sérgio são presos; Exército prepara celas especiais em Brasília

Pela primeira vez na história, generais são presos por tentativa de golpe de Estado

Fonte: Augusto Heleno (à esq.) e Paulo Sérgio Nogueira (à dir.) (Ton Molina/STF)

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O Exército Brasileiro preparou, nesta terça-feira (25), as celas que irão receber os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ambos alvos de mandados de prisão após condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois militares já foram localizados e estão a caminho do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.

Segundo uma fonte da cúpula do Exército, as celas disponíveis no CMP possuem cama, banheiro e ar-condicionado, podendo receber ainda televisão e frigobar, caso haja autorização judicial. As acomodações foram preparadas especialmente para receber autoridades de alta patente.

Heleno e Paulo Sérgio foram condenados no âmbito do processo que investigou a trama golpista que buscava reverter o resultado das eleições de 2022 — o mesmo conjunto de ações que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos de prisão.

Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro, Augusto Heleno recebeu pena de 21 anos de prisão. Já Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa, foi condenado a 19 anos.

Condenação no STF

A Primeira Turma do STF considerou que os generais integraram o que a Procuradoria-Geral da República chamou de “núcleo crucial” de uma organização criminosa armada. A denúncia afirma que o grupo articulava um golpe de Estado para impedir a transição de governo após a eleição de 2022.

Entre os crimes imputados aos dois militares estão:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Organização criminosa
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça
  • Deterioração de patrimônio tombado

A decisão marca um momento inédito na história brasileira: é a primeira vez que generais de quatro estrelas são presos e condenados por tentativa de golpe de Estado.

Os dois devem permanecer à disposição da Justiça no Comando Militar do Planalto enquanto aguardam os próximos encaminhamentos do processo.

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