A nova variante da influenza A, conhecida informalmente como “gripe K”, tem provocado aumento de casos desde outubro e acendido um alerta na Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus pertence ao subtipo H3N2, mais especificamente ao subclado J.2.4.1, que vem se espalhando de forma acelerada no início do inverno no hemisfério norte.
Especialistas apontam que o comportamento do vírus pode antecipar a temporada de gripe no Brasil em 2026, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.
Gripe K representa evolução do vírus H3N2
A chamada gripe K é uma evolução esperada da influenza A (H3N2), vírus que sofre mutações constantes. Apesar do aumento expressivo de casos, a OMS informa que não há indícios de maior gravidade clínica em comparação a outras cepas.
Mesmo assim, a preocupação é maior entre os grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas, que costumam apresentar quadros mais intensos quando infectados por esse subtipo.
Sintomas são semelhantes à gripe comum
Os principais sinais da gripe K incluem:
- Febre alta (acima de 38°C)
- Calafrios
- Dores musculares e nas articulações
- Cansaço intenso
- Tosse seca
- Coriza ou nariz entupido
- Dor de garganta e dor de cabeça
- Mal-estar geral
A intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a idade e condições de saúde.
Crianças e idosos merecem atenção especial
Em crianças, além da febre elevada, podem surgir linfonodos inchados no pescoço, sintomas gastrointestinais e complicações respiratórias, como bronquiolite.
Entre os idosos, a febre pode ser o único sinal aparente e, muitas vezes, não atinge temperaturas elevadas, o que dificulta o diagnóstico precoce e aumenta o risco de agravamento.
Vacinação é a melhor forma de proteção
A OMS reforça que a vacinação contra a gripe é a principal estratégia de prevenção, especialmente para os grupos de risco. A Anvisa já definiu as cepas que farão parte da vacina da campanha nacional em 2026, incluindo o H3N2.
No Brasil, o SUS oferece a vacina gratuitamente para:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- Gestantes e puérperas
- Idosos
- Pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente
- Profissionais da saúde e da educação
- Povos indígenas
- Pessoas em situação de rua
















