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Lei Magnistsky: EUA retiram Alexandre de Moraes e esposa da lista

Decisão encerra restrições financeiras e territoriais ao ministro, à esposa e ao instituto ligado à família

Fonte: Rosinei Coutinho/STF

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O governo dos Estados Unidos retirou as sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, quase cinco meses após sua inclusão na lista da Lei Global Magnitsky.

A remoção foi oficializada na tarde desta quinta-feira (11) pelo Ofac, órgão do Departamento do Tesouro dos EUA responsável por sanções internacionais. Com isso, foram extintas todas as restrições financeiras, territoriais e comerciais aplicadas ao ministro.

As sanções também alcançavam a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, e o Lex Instituto de Estudos Jurídicos LTDA, ligado à família.

Moraes estava impedido de atuar nos EUA

Desde 30 de julho, Moraes estava proibido de entrar em território norte-americano, adquirir propriedades, fazer transações bancárias com instituições dos EUA e operar em dólar.

Na época, o governo de Donald Trump alegou violação de direitos humanos, citando a atuação de Moraes como relator do processo que condenou Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão, além de decisões sobre a remoção de conteúdos de usuários norte-americanos em redes sociais.

Retirada das sanções ocorre em meio a tensão diplomática

A exclusão do nome do ministro e de sua esposa da lista ocorre durante a maior crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos em mais de 200 anos, desencadeada justamente pela aplicação das sanções.

Nos últimos dias, houve uma intensa revisão interna em Washington, impulsionada pela reaproximação política entre Trump e Lula, além de negociações conduzidas diretamente entre os dois líderes.

Durante reuniões e telefonemas, Lula condicionou a normalização das relações bilaterais à retirada das sanções contra Moraes e ao fim das tarifas políticas de 40% aplicadas ao Brasil.

Lula previa “mudanças” após conversa com Trump

Em declaração feita no início de dezembro, após novo contato com Trump, Lula afirmou:

“Pode esperar. Muita coisa vai acontecer, pode esperar. Eu estou convencido.”

Pouco depois, Trump reconheceu publicamente “as sanções que coloquei neles por coisas que aconteceram” e disse esperar “muitas coisas boas” no relacionamento com o Brasil.

Com a retirada das sanções, o nome de Jair Bolsonaro deixou de ser mencionado nas conversas diplomáticas. O assunto também saiu da pauta entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Para diplomatas do Itamaraty e integrantes do Palácio do Planalto, a revogação das sanções já era considerada apenas uma questão de tempo — agora confirmada.

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