O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, nesta terça-feira (2), com o ex-presidente norte-americano Donald Trump. A ligação, segundo o Palácio do Planalto, durou cerca de 40 minutos e teve como temas principais o comércio bilateral e a cooperação na segurança internacional.
Durante o diálogo, Lula elogiou a retirada parcial das tarifas de 40% aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, como carne bovina, café, frutas e fertilizantes. A medida, anunciada pela Casa Branca no último dia 20 de novembro, foi considerada “muito positiva” pelo governo brasileiro.
Lula quer acelerar negociações comerciais
Apesar do avanço, o presidente destacou que ainda existem produtos brasileiros sujeitos a tarifas elevadas, e defendeu uma negociação mais ágil para ampliar o acesso ao mercado norte-americano. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o próximo foco será a redução de tarifas sobre bens industriais.
A decisão dos EUA de zerar as tarifas sobre parte das exportações agrícolas brasileiras veio após a retirada, no dia 14 de novembro, de tarifas globais de 10%. Ainda assim, setores estratégicos do Brasil continuavam sendo taxados com 40%, agora parcialmente suspensos.
Cooperação contra o crime organizado
Outro ponto abordado na conversa foi a segurança internacional. Lula solicitou que os Estados Unidos reforcem a cooperação com o Brasil no combate ao crime organizado com atuação transnacional.
De acordo com nota do Planalto, o presidente brasileiro destacou operações recentes realizadas para sufocar financeiramente organizações criminosas no país e alertou para ramificações que operam a partir do exterior.
Segundo o comunicado, Trump demonstrou “total disposição” para trabalhar em conjunto com o Brasil e prometeu “todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas”.
Expectativa de novos diálogos
Ao final da ligação, os dois líderes concordaram em manter contato e retomar as discussões em breve, especialmente sobre os temas comerciais e de segurança.
A conversa reforça a tentativa do governo brasileiro de reposicionar o país nas relações bilaterais com os Estados Unidos, em um momento em que a cooperação econômica e o combate ao crime internacional ganham ainda mais relevância no cenário global.














