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Moraes envia à PGR pedido de prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro

Pedido atual não trata de cassação de mandato, apenas de medidas cautelares

Fonte: Rosinei Coutinho/STF/Reprodução arquivo pessoal

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que o órgão se manifeste sobre a prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A PGR terá cinco dias para emitir parecer.

O requerimento foi apresentado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Eles pedem a prisão preventiva do parlamentar e o bloqueio de pagamentos ligados ao mandato.

Moraes cita dificuldade de intimação

Segundo decisão de Moraes, a medida foi encaminhada devido às dificuldades para intimar Eduardo Bolsonaro, que estaria nos Estados Unidos desde fevereiro. O ministro destacou que a ausência pode caracterizar tentativa de evitar responsabilização judicial.

“O denunciado encontra-se fora do território nacional para reiterar a prática criminosa e evadir-se de possível responsabilização, evitando a aplicação da lei penal”, escreveu Moraes.

Notificação por edital e limites da decisão

O STF já havia notificado Eduardo Bolsonaro por edital para que se manifeste, em até 15 dias, sobre a denúncia da PGR por coação no curso do processo.

A decisão de Moraes, no entanto, trata apenas do envio do pedido à PGR e da notificação por edital. Não há, neste despacho, análise de cassação de mandato. Caso isso ocorra futuramente, a questão dependerá de procedimento próprio na Câmara dos Deputados, passando pelo Conselho de Ética e pelo plenário.

Denúncia por coação

No dia 22 de setembro, a PGR denunciou Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo por coação no curso do processo, no inquérito que investiga tentativas de interferência no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ambos ajudaram a promover “graves sanções” contra o Brasil, com o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal.

Ainda de acordo com a denúncia, eles teriam feito ameaças aos ministros em entrevistas e publicações nas redes sociais.

Resposta de Eduardo Bolsonaro

Após a denúncia, Eduardo Bolsonaro classificou a acusação como “abusos e injustiças”. Em publicação no X (antigo Twitter), afirmou que, por residir nos Estados Unidos, continuará a “peticionar ao Governo para corrigir abusos e injustiças”.

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