PRONUNCIAMENTO

“É uma vergonha para a classe política”, critica Marlina sobre operação do Gaeco em Brusque

Ela também abordou possibilidade de privatização dos serviços prestados pelo Samae e denúncia envolvendo a Casa Assistencial Cagerê
por Assessoria de Impressa Câmara de vereadores 10/09/2021 às 17:53 Atualizado em 11/09/2021 às 07:50
Imagem: Divulgação

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 9 de setembro, a vereadora Marlina Oliveira Schiessl (PT) afirmou que a notícia a respeito da operação de buscas e apreensões realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em casas de políticos de Brusque “é uma vergonha para a classe política, algo que precisa ser repercutido e trazido à consciência da população”. A ação do Gaeco é um desdobramento da investigação sobre um suposto esquema de “rachadinhas” no âmbito da Prefeitura. 

“Não podemos agir com inércia, de maneira vagarosa. Temos que nos apropriar do que tem acontecido em torno desse esquema de ‘rachadinha’ e cobrar posicionamento firme do Poder Executivo, afinal, nós temos apontamentos que fazem com que, minimamente, o caso seja apurado com mais firmeza e as pessoas em suspeição sejam afastadas de seus cargos”, opinou a parlamentar. “Da mesma forma, chamo a atenção para essa questão no Poder Legislativo. Por muito menos, já abrimos CPIs [comissões parlamentares de inquérito] nesta casa”, emendou. 

Privatização do tratamento de água e esgoto

Num segundo momento, Marlina falou sobre a anunciada possibilidade de privatização dos serviços prestados pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) na cidade, além dos serviços de tratamento de esgoto, a serem implementados futuramente. Ela lembrou que, só neste ano, a Câmara aprovou remanejamentos orçamentários de cerca de R$ 40 milhões para a autarquia. “É uma empresa que tem preocupação com a questão tecnológica, com o aperfeiçoamento, que nos apresentou resultados positivos”, disse Marlina, defendendo, depois, que o Samae não seja entregue a “aventureiros” da iniciativa privada.

Em aparte, Nik Angelo Imhof (MDB) observou que muitos municípios cogitam privatizar o tratamento e a distribuição de água a fim de viabilizar o tratamento de esgoto. “Não está nada definido e [o prefeito] se preocupa bastante, porque realmente o Samae funciona perfeitamente, mas nenhuma empresa tem interesse em executar o esgoto de Brusque porque vivemos num vale, com morros, e isso acaba inviabilizando financeiramente a implantação. A alternativa seria compatibilizar os dois [serviços] ou, talvez, conseguir empresas de Brusque que consigam viabilizar o esgoto sem receber o sistema de água”, explicou.

Casa Assistencial Cagerê

Por fim, a vereadora teceu comentários sobre reportagem da agência de jornalismo investigativo Pública, que denuncia a ocorrência de práticas abusivas, como castigos e isolamento forçado, contra pacientes internados na Casa Assistencial Cagerê, em Brusque. 

“Chamo a atenção da sociedade brusquense a olhar atentamente na proteção, na garantia dos direitos daquelas pessoas, pois a gente sabe que a Cagerê atende pessoas idosas e pessoas com necessidades especiais”, alertou. “Causou-me preocupação, mas também tremenda indignação, por nos depararmos com uma questão como essa em nosso município”, concluiu.

Assuntos: Política

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