TEATRO

“Fanny, A Rainha da Cidade” volta ao palco do Teatro do Cescb de 3 a 5 de maio

Espetáculo lotou o teatro quatro vezes em março; ingressos estão à venda na bilheteria e pelo site da One Ticket
por Assessoria de Imprensa 23/04/2019 às 05:54
Divulgação

Sucesso de público, o espetáculo teatral “Fanny, A Rainha da Cidade” tem três novas sessões confirmadas no Teatro do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (Cescb) para o mês de maio: dias 3 e 4 (sexta-feira e sábado), às 21h, e dia 5 (domingo), às 19h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e pelo site www.oneticket.com.br, a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada). A classificação indicativa é de 16 anos. Excepcionalmente para essas datas, não serão vendidos ingressos na Livraria e Papelaria Graf.

O trabalho do Trama Grupo de Teatro estreou no mês de março, no mesmo teatro, em quatro apresentações com casa lotada. Na plateia, brusquenses e espectadores que vieram de outras cidades atenderam ao chamado dos artistas para reverenciar uma das icônicas personagens de Brusque.

“Fanny, A Rainha da Cidade” recupera memórias relacionadas à Francisca dos Anjos de Lima e Silva Hoerhann, a Fanny, que no século passado esteve à frente de uma famosa casa de prostituição em Brusque. A despeito da marginalização da atividade, ela quebrou paradigmas, conquistando notório respeito e inegável admiração social.

Autores da peça, Talita Garcia e Everton Girardi destacam que o texto é uma obra de ficção, baseada principalmente na literatura, mas também em relatos orais, com o propósito de homenagear Fanny como símbolo de independência, resistência e empoderamento feminino.

A edição de maio tem o patrocínio da Rakia - Soluções em Energia Solar e o apoio de Beto Pães e Doces, Centro de Treinamento Sorjai, Cescb, Griô Filmes, Livraria e Papelaria Graf, Raffcom e Renaux View.

Sinopse

A casa de tolerância da Fanny vai de vento em popa na Santa Terezinha. Tudo o que ela não espera é retornar da lavadeira com uma notícia de tirar o sossego: algum desavisado esqueceu o pijama em meio aos lençóis de suas moças. O pior é que a peça íntima tem as iniciais do dono caprichosamente grafadas. Mas não há tempo para delongas: hoje é dia de receber amigos e clientes para mais uma noite que vai ficar na história da cidade.

Dos livros para a cena

Em “Fanny, uma vida em perspectiva” (Grupo Uniasselvi, 2010), carro-chefe das obras literárias estudadas para a criação do espetáculo, o escritor Aquiles Duarte de Souza a descreve como sendo “dona de dignidade ilimitada, dama corajosa, batalhadora” e “uma mulher muito à frente do seu tempo”.

Somaram-se à pesquisa o capítulo “A bicicleta da Fanny”, do livro “Pedalando pelo tempo - História da bicicleta em Brusque” (Nova Letra, 2011), de Ricardo José Engel; o capítulo “Quem era Fanny?”, do livro “Histórias e Lendas da Cidade Schneeburg” (S&T Editores, 2009), de Saulo Adami e Tina Rosa; o capítulo “Fanny, a bugra carismática”, do livro “Quando os sinos falavam ao Vale” (Odorizzi, 2009), de Quido Jacob Bauer; o texto “Médico das moças da Fanny”, do livro “Doutor Nica” (DOM, 2012), de Saulo Adami e Jeanine Wandratsch Adami; e

trechos do livro “Sentinela do Passado I”, organizado por Reinaldo Cordeiro, com crônicas de Laércio Knihs (Nova Letra, 2008).

Outras fontes de pesquisa foram a reportagem “Francisca dos Anjos, a Fanny, símbolo da independência feminina”, publicada no caderno “Mulheres na História”, do jornal O Município, em 8 de março de 2018; a entrevista “Fanny, uma lenda viva de 90 anos”, publicada pelo mesmo periódico em 13 de julho de 1990; o artigo “No tempo das bicicletas”, publicado pelo jornal A Voz de Brusque em 20 de julho de 2002; a matéria “História de Fanny vira livro”, do blog História de Brusque, de 3 de janeiro de 2011; e a página “Francisca dos Anjos de Lima e Silva”, do site enciclopédia.brusque.sc.gov.br.

Pesquisa de campo

Em dezembro de 2018, o grupo Trama viajou até a terra indígena Ibirama - La Klãnõ, situada entre os municípios catarinenses de Doutor Pedrinho, Itaiópolis, José Boiteux, Rio Negrinho e Vitor Meireles. Pela margem do rio Hercílio, os atores foram conduzidos por moradores até as ruínas do posto indígena Duque de Caxias, fundado em 1914 por Eduardo de Lima e Silva Hoerhann, sobrinho-bisneto do duque e marido de Fanny nas décadas de 1920 e 1930. Funcionário do antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) do governo federal, ele tinha a missão de “pacificar” os povos indígenas ao Sul do Brasil, dos quais fazia parte a jovem Francisca, filha de um índio Xokleng e de uma mulher de origem europeia. No mesmo local, à beira do rio, também ficava a casa onde viveram Eduardo e Fanny, mas a propriedade acabou desaparecendo com as inundações causadas na reserva pelo represamento de águas na Barragem Norte, construída em 1970 para amenizar as cheias no Vale do Itajaí.

Em Ibirama, Eduardo dá nome ao museu histórico do município. O Trama também esteve no local, que preserva uniformes, utensílios, armas, imagens e parte da história do “Katangará”, como foi apelidado pelos nativos. Em algumas das fotos que ornam as paredes do museu, ele, figura controversa e que divide opiniões, aparece acompanhado de Fanny, de filhos do casal e índios aos quais impunha, a mando do Estado, a cultura dos colonizadores.

Ficha técnica

Título original: Fanny, A Rainha da Cidade.

Autores: Everton Girardi, Talita Garcia e O Grupo.

Direção: Everton Girardi.

Direção de Cenas: Luciano Mafra.

Elenco: Arthur Bigliardi (Martinho), Everton Girardi (Arnold, Eduardo), Fernando Reis (Rico), Janaina Antônia Cavalcante Garcia (Madalena, Nego Edu), Jenifer Schlindwein (Adelaide, Olga), Juliete Silva (Morena, Fanny), Luís Henrique Petermann (Pereira, Eduardo), Roner Lucas (Amadeu, Tavares), Talita Garcia (Fanny).

Figurinos: Andressa Lauz Bigliardi e Juliete Silva.

Confecção de Figurinos: Adelina da Silva.

Cenário: Everton Girardi, Luciano Mafra, Luís Henrique Petermann, Roner Lucas.

Sonoplastia e Trilha Original: João Guilherme Schaefer Minatti e O Grupo.

Desenho e Operação de Luz: Edson Luiz Albino Junior (Juninho).

Audiovisual: Ricardo Weschenfelder.

Maquiagem: Jéssica Tavares e Ícaro Matheus Lima Muniz.

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