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Acadêmicos de Psicologia visitam usuários do Centro Pop e do Albergue de Brusque

Estudantes realizaram oficinas e desenvolveram dinâmicas com o objetivo de proporcionar momento de acolhida aos moradores do local
por Assessoria de Imprensa UNIFEBE 22/11/2021 às 16:02
Imagem: Divulgação

Promover um momento de reconhecimento e acolhida com empatia dos usuários do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) e do Albergue Municipal de Brusque, foi o objetivo dos acadêmicos da 2ª e 4ª fases do curso de Psicologia da UNIFEBE na Semana de Curricularização da Extensão deste semestre. Os estudantes desenvolveram o projeto mediante a confecção de oficinas estruturadas com fundamento prático no Psicodrama e conteúdos fundamentados em conceitos da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Abordagem que tem como pressuposto fundamental o conceito de que em todo indivíduo existe uma tendência atualizadora, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva.

No local foram realizadas oficinas, e os estudantes coletaram informações dos participantes para compor a análise dos resultados da oficina. Esses resultados foram incluídos no Relatório Final, no qual também foram registrados em protocolo de observação as habilidades sociais apresentadas pelos participantes para posterior análise de alterações ocorridas durante a utilização das oficinas. Os acadêmicos desenvolveram dinâmicas com exercícios de relaxamento, controle da respiração e alongamento. 

De acordo com o coordenador do curso, professor Ademir Bernardino da Silva, a experiência foi enriquecedora para que os alunos desenvolvessem conhecimento técnico e formação cidadã em prol da superação das desigualdades sociais existentes. “Foi possível proporcionar um momento de acolhida e de compartilhar diferentes experiências de vida. A partilha de vivências entre os usuários revelou talentos admiráveis e grandes habilidades sociais. Porém, igualmente ficou claro que alguns usuários necessitam de muito apoio psicológico e orientação profissional. Eles pediram para que os acadêmicos retornassem, o que mostra que as oficinas cumpriram seus objetivos”, conclui o professor Ademir.

A acadêmica Georgia Mueller Peres Kistenmacher crê que o projeto de curricularização alia a teoria aprendida em sala de aula com a prática, e que o momento com os usuários do Centro Pop foi importante para seu desenvolvimento como estudante. “São pessoas que não têm com quem interagir, na maioria do tempo. Falar sobre si e ouvir-se pode ser uma atividade benéfica em relação às suas angústias”, opina Georgia.

Coordenadora e psicóloga do Centro Pop, Fabiana Silva Santos Gascoin afirma que os acadêmicos puderam vivenciar e conhecer o trabalho da equipe no local. “Todos os alunos entenderam um pouco do nosso trabalho, que vai além de assistencialismo. A proposta dos acadêmicos para os usuários foi muito positiva, pois conseguiram atender a todos e fizeram com que eles fossem vistos com um olhar diferenciado”, conclui Fabiana.

Curricularização da Extensão

Constituída por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.

De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo. As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou a ser implantada pela UNIFEBE no primeiro semestre de 2020, com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Neste semestre, estudantes da 1ª e 3ª fase participaram das intervenções.

O pró-reitor de Graduação e de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura da UNIFEBE, professor Sidnei Gripa, explica que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes, promovendo intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.

Por meio de projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, a Curricularização da Extensão articula ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “O estudante contribui com a comunidade por meio de atividades relacionadas à sua formação universitária, oportunizando assim um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, destaca Gripa.

As atividades desenvolvidas presencialmente, neste semestre, seguiram todos os protocolos de segurança em saúde.

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