COLOSTOMIA

Atraso no repasse e qualidade de bolsas estão preocupando ostomizados de Brusque

O assunto foi levantado na tarde desta quarta-feira, 5, durante visita do coordenador do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque, Jean Carlo Dalmolin, à reunião mensal do grupo, realizada na Policlínica
por Assessoria de Imprensa Fórum Sindical 06/12/2018 às 06:59 Atualizado em 12/12/2018 às 11:51
Divulgação

Um grupo de pessoas ostomizadas - caminhos abertos cirurgicamente no corpo para a saída de fezes e urina do organismo – e que necessita de bolsas de colostomia está em dificuldade por conta do atraso no recebimento dos itens, bem como da má qualidade das mesmas. Elas integram a Associação dos Ostomizados de Brusque. A situação foi alvo de cobrança e reclamação junto ao governo do estado em agosto, mas não teve resposta até o momento.

O assunto foi levantado na tarde desta quarta-feira, 5, durante visita do coordenador do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque, Jean Carlo Dalmolin, à reunião mensal do grupo, realizada na Policlínica. Na ocasião, ele apresentou um documento enviado ao Conselho Municipal de Saúde (Comusa) pelo órgão sindical, onde pede providências sobre o atraso no fornecimento, bem como a qualidade das bolsas utilizadas para colostomia.

“Alguns ostomizados têm alergias devido à má qualidade das bolsas que estão vindo. O governo do estado não deu nenhum retorno ao Comusa e à Secretaria da Saúde, explicando o porquê da troca do modelo de bolsa. Antes, os usuários trocavam as bolsas a cada quatro ou cinco dias. Agora, precisam fazer isso a cada dois dias”, destaca Dalmolin.

A Associação dos Ostomizados de Brusque é formada por cerca de 40 pessoas. O presidente da entidade, Armando Silva, afirma que a qualidade das bolsas tem causado problemas aos usuários. O pedido é para que, além do fim dos atrasos no fornecimento dos itens, que ela sejam entregues me qualidade que não prejudique ainda mais a saúde dos usuários.

“Que as bolsas satisfaçam o biotipo de cada pessoa e que o número de bolsas fornecido seja satisfatório para a pessoa. Tem pessoas que usam 

O secretário municipal da Saúde da Prefeitura de Brusque, Humberto Fornari, esteve presente na reunião. Ele justificou o atraso na entrega das bolsas à mudança de governo no estado e à empresa vencedora da licitação para fornecer os itens, que enfrenta problemas jurídicos. Por conta disso, o governo teve de fazer compra de outros fornecedores para que não faltasse, o que gerou a aquisição de itens de má qualidade.

“Nãos sabemos até quando vai haver essa briga jurídica com o fornecedor. Enquanto perdurar isso, estamos tentando resolver internamente com os usuários aqui. Principalmente com orientações sobre as formas de uso de cremes, pomadas e cuidados com higiene específica onde a bolsa não consegue se adaptar onde a anterior se adaptava”, frisou.

O que é colostomia?

Os estomas são caminhos criados cirurgicamente para que as fezes e urina possam ser expelidos no organismo. A situação ocorre tanto por conta de problemas de doenças naturais quanto em função de acidentes, em que as vítimas acabam tendo problemas na parede intestinal. As bolsas podem ser usadas de forma temporária ou definitiva

Um dos exemplos de uso temporário e que ficou conhecido no país é o do futuro presidente da República, Jair Bolsonaro. Vítima de uma facada que atingiu a região intestinal, ele usa, atualmente, uma bolsa de colostomia. A retirada da bolsa está programada para janeiro do próximo ano.

Assuntos: Saúde

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