A policial psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Brusque (Dpcami), Aline Pozzolo Batista, ao lado da delegada titular da Dpcami, Dra. Rosi Barbosa Serafim, concederam entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (23) quando apresentavam dados preocupantes relacionados à violência contra a mulher. 

Com base no  Anuário brasileiro de segurança pública de 2019, 1206 mulheres foram assassinadas no país pelo simples fato de serem mulheres. O aumento foi de 11% em relação à 2018. Em 88,8% dos casos o autor foi o atual ou ex-companheiro. 

Os assassinatos de mulheres em situação de violência doméstica deram origem a Lei 13.104, de 9 de março de 2015, chamada Lei do Feminicídio. 

Segundo a policial, o feminicídio é um componente cultural e que está relacionado ao papel que essa mulher tem dentro da dinâmica que gerou a morte, assim como o contexto cultural em que ela vive. No estado, 59 casos de feminicídio foram registrados em 2019, o que representa um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. 

A delegada titular da Dpcami, Dra. Rosi Barbosa Serafim, afirma que foi pensando na necessidade de uma rede de apoio as vítimas que foi instituído pelo Governo do Estado o dia 22 de julho como uma data de combate ao Feminicídio. Durante a semana de conscientização, diversas ações serão realizadas pela Dpcami. 

Em Brusque, conforme explica Dra. Rosi, grande parte das mulheres que sofrem a violência doméstica não tem familiares na região. Desta forma, apesar do registro policial, muitas voltam para a casa com os agressores.