Na tarde desta segunda-feira, 3 de agosto, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), realizou uma reunião virtual com o deputado estadual Onir Mocellin que, juntamente com o deputado Vicente Caropreso, representam a Assembleia Legislativa no Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) do Governo do Estado.
Também participaram do encontro o vice-presidente da ACIBr, Marlon Sávio Sassi, o diretor financeiro, Alexandre Zen, o diretor para Assuntos Governamentais, Cláudio José Schlindwein, o diretor Executivo, Cândido Horácio Godoy, além dos presidentes da CDL, Fabrício Zen, do Sindilojas, Marcelo Gevaerd, do Sinduscon, Fernando José de Oliveira, do Observatório Social, Claudemir Marcolla, o representante do Comusa, Werner Gustavo Viera Willrich e o coordenador do Observatório Social, Evandro Gevaerd.
“O objetivo do encontro era falar sobre o aumento dos casos do novo coronavírus (Covid-19) em Brusque e o colapso do sistema de saúde, com a lotação das UTIS. Desde março nossas entidades têm se mantido unidas e abertas ao diálogo com o poder público e os hospitais. Mas agora precisamos avançar, abrir novos leitos no Hospital Azambuja, comprar este serviço do Hospital Imigrantes e verificar por qual razão está represada a verba de mais de R$ 1 milhão destinada ao Hospital Dom Joaquim”, conta a presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti.
Panorama
O deputado estadual Onir Mocellin disse que, neste momento, as reuniões do GRAC ocorrem diariamente, sempre às 19h. E o seu papel é exatamente de ouvir as dúvidas e anseios da região com o intuito de atender às demandas dentro das condicionantes propostas, de modo que a rotina de trabalho seja mantida de forma segura e responsável.
“Faço contato diário com os municípios e hospitais e a situação é grave. Há um embate muito grande entre o poder público e as entidades de saúde. Nosso papel é buscar medidas que garantam o equilíbrio, para que os empregos sejam mantidos sem gerar um colapso na saúde”, destaca.
Hoje, dos 1400 leitos disponíveis em Santa Catarina, mais de 570 estão ocupados com pacientes de Covid-19. “Só 5% da população catarinense foi contaminada. Temos 14 mil casos ativos e a previsão é que o número de óbitos triplique nos próximos 30 dias. No mundo, a média de mortes gira em torno de 4% e, no Brasil, este índice é um pouco maior que 3%. No Estado, nosso índice é de 1,3%. Isso demonstra que o nosso tratamento é mais eficiente, até porque a medicação conhecida já era oferecida aos pacientes internados”, relata Mocellin.
Segundo o deputado, logo nos primeiros casos da doença, quando o governo assumiu a responsabilidade pelos fechamentos, foi extremamente criticado pelas prefeituras. Por isso, hoje mantém regras gerais de orientação e quem define medidas mais restritivas, levando em consideração o avanço regional do novo coronavírus, são os chefes do Executivo. “Reconheço a pressão do ano eleitoral e a situação delicada de se responsabilizar pela morte das pessoas ou das empresas. No entanto, o que é decisivo para a contenção da Covid-19 não é o fechamento do comércio, mas a consciência das pessoas”, avalia.
Pleitos
Entre os pleitos apresentados pelas entidades ao deputado estava o aparelhamento completo dos 12 novos leitos do Hospital Azambuja, que foram concedidos sem as bombas de infusão, necessárias para o funcionamento. Além disso, foi apresentado o interesse do Hospital Imigrantes em comercializar, pelo menos cinco leitos de UTI para o Estado, embora a unidade tenha condições de ampliar o setor, caso haja interesse em avançar nesta parceria. A questão do repasse de verbas ao Hospital Dom Joaquim e a disponibilidade de tratamento precoce para todas as pessoas acometidas pela doença em Santa Catarina também foram solicitadas.
O deputado anotou as demandas e garantiu que as questões seriam respondidas em um breve encontro ou, diretamente, ao coordenador do Observatório Social, Evandro Gevaerd.