Urologia

IMAS/Hospital Imigrantes realiza segundo mutirão de "Urolift" do Brasil

Procedimento urológico, minimamente invasivo, beneficiou dez pacientes que estavam na fila do SUS aguardando há anos pelo procedimento
por Amplitude Comunicação 09/11/2023 às 16:01
Divulgação

O Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS), realizou nesta quarta-feira, 8 de novembro, o segundo mutirão de "Urolift" do Brasil. Trata-se de um procedimento urológico, minimamente invasivo, destinado a pacientes que apresentam hiperplasia prostática benigna, que é a doença da próstata aumentada. 

Dez pacientes que estavam na fila do SUS foram beneficiados pelo mutirão organizado pelos médicos urologistas Dr. Ricardo Vita e Dr. Fernão Araújo com a participação do Dr. Fabio Sant'Anna de Moraes, e Dr. Rodrigo de Azevedo. Como o procedimento não é coberto pelo SUS, a realização do mutirão contou com apoio da  Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e a doação dos implantes pela empresa Teleflex. 

Segundo Dr. Ricardo Vita, diretor do departamento de novas tecnologias da SBU e Preceptor do Urolift System no Brasil, essa é a doença crônica urológica mais comum nos homens e a quarta doença crônica mais comum,  atrás apenas de diabetes, hipertensão arterial e obesidade. "É um problema que impacta na qualidade de vida dos homens diariamente, porque atrapalha o funcionamento do trato urinário. Isso acontece todos dias, durante todos os períodos de micção. Além disso, tem um grande impacto na vida pessoal, profissional, social e até mesmo sexual ", explica. 

O tratamento costuma ser por remédios, inicialmente, mas muitas vezes os pacientes não persistem por motivos adversos e acabam evoluindo para uma disfunção maior, que demanda um tratamento mais definitivo, que geralmente é o cirúrgico. 

"Temos hoje um arsenal bem amplo de opções cirúrgicas, a maior parte delas necessita de anestesia geral e internação. São tratamentos que têm um certo grau de mutilação e uma certa demora na recuperação. Então começaram a surgir novas tecnologias minimamente invasivas, que trouxeram oportunidade para esses homens serem tratados de uma forma menos agressiva, com uma recuperação mais rápida e sem a necessidade de internar, como é o caso do urolift", conta o Dr. Ricardo Vita.

Na fila de espera pela cirurgia há mais de 11 anos, o morador de Itajaí, Olegário Ribeiro Marcondes, aposentado de 68 anos, foi um dos atendidos no mutirão.

"Não consigo urinar, dói tudo e a noite não durmo, só fico levantando e caminhando para o banheiro. Preciso de medicamentos o tempo todo e são remédios caros, sem contar as idas ao urologista periodicamente. Essa nova tecnologia nos dá mais esperança, para não sofrer tanto, recuperar mais rápido e seguir a vida. Vou conseguir dormir, coisa que hoje não consigo. Desde que eu cheguei aqui no Imigrantes, o atendimento foi maravilhoso. Pessoal muito atencioso. Para mim é uma novidade, pois nunca entrei dentro de um hospital, estou receoso, mas confiante e esperançoso, tenho certeza de que vai dar tudo certo", diz.

Agilidade

O Urolift é um procedimento que leva em média 10 a 15 minutos e o paciente pode ir para casa de uma a duas horas após a sua realização. Segundo o Dr. Ricardo, essa alternativa poderia ser benéfica para o sistema público conseguir atender com maior agilidade os pacientes que entram na fila de espera. 

"Eles ficam em longas filas de espera porque tem um número muito grande de homens que necessitam de cirurgia. Isso gera uma demanda muito alta que o sistema público não consegue absorver. Quando oportunizamos a esses pacientes esse tipo de procedimento, conseguimos diminuir a fila sem ocupar leitos do hospital. Obviamente, por ser uma tecnologia relativamente cara, não conseguimos ofertar um número muito maior por doação, mas isso abre portas para novas ações público-privadas. E de pouco em pouco, podemos  atingir uma gama maior de pacientes", comenta. 

Fabio Sant'Anna de Moraes, que também é preceptor do Urolift System no Brasil, explica que a tecnologia vem trazer mais qualidade de vida aos pacientes. "A recuperação é muito rápida, geralmente nas duas primeiras semanas ainda podem apresentar um pouquinho de ardência, mas eles já conseguem sentir uma melhora no fluxo da urina quase imediatamente, sem efeitos colaterais e sexuais. É um conforto melhor para o paciente e conseguimos liberar essa fila que sabemos que é grande em todos os municípios". 

Tecnologia

Nesta segunda-feira, 6, também foi realizado no Hospital Imigrantes o procedimento chamado de Greenlight Laser, ou Laser Verde, que consiste em outra tecnologia moderna para o tratamento da hiperplasia prostática benigna, que resulta no crescimento exagerado da próstata. O procedimento foi conduzido pelos urologistas Dr. Ricardo Vita e Dr. Fernão Araújo.

"Essa doença piora gradativamente e pode prejudicar de forma grave a qualidade de vida dos pacientes. O crescimento exagerado da próstata pode bloquear a uretra, caso não tratado. E isso pode afetar o sistema urinário masculino como um todo – inclusive os rins", complementa Dr. Fernão Araújo - Urologista e Diretor Técnico do Hospital Imigrantes. 

O Greenlight Laser é um equipamento com uma fibra delicada, que emite laser verde. Através do meato uretral, o instrumento é inserido até a próstata. Uma vez no órgão, a energia emitida pelo Greenlight Laser vaporiza os tecidos sólidos em excesso na região.

"Dessa forma, com a vaporização do tecido prostático em excesso, a obstrução da  próstata é desfeita. Assim, a passagem da urina pela uretra volta a ser mais natural. Tudo isso com uma técnica minimamente invasiva, transforma os tecidos sólidos da próstata em vapor. O Greenlight Laser também estimula a coagulação e a cicatrização local", explica o urologista.

Assuntos: Saúde

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