FABRÍCIO ZEN

Presidente da CDL critica governo do estado por ampliação da quarentena

Diante do novo cenário, o diretor da entidade brusquense afirmou que o setor lojista está indignado
por Departamento de Jornalismo - Rádio Araguaia 08/04/2020 às 09:09 Atualizado em 08/04/2020 às 09:19
Ilustrativa

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (8) no Jornal da Manhã, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque (CDL), Fabrício Zen, criticou a postura adotada pelo estado que prorrogou o decreto de isolamento social e restrição a determinadores setores da economia. 

O dirigente lojistas lembrou que, apesar do decreto municipal assinado ontem (7) pelo prefeito Jonas Paegle, a orientação da entidade era de cautela. Isso, porque esperava-se por alguma reação do estado o que, de fato aconteceu, diante da decisão da justiça para derrubar a determinação municipal em detrimento do estado. 

Ao mesmo tempo, Zen lembrou que as atividades ligada aos setores automotivo e motociclístico estão autorizados a reabrirem a partir de hoje (8) mediante cuidados especiais para evitar o contágio e ampliação do coronavírus. 

Diante do novo cenário, o presidente afirmou que o setor lojista está indignado. Trata-se de uma luta incessante em prol da reabertura da cadeia produtiva. 

Fabrício Zen afirma que as deliberações do governo do estado são ineficientes. Reclamou que o estado nada fez pelo município durante a quarentena. Questionou a compra de testes para a doença e o aumento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado. 

O presidente da CDL lamenta que o governador Carlos Moisés tenha esperado pelo Governo Federal enquanto poderia ter sido feito algo antes, uma vez que a quarentena em Santa Catarina iniciou antes do resto do país. 

Para o dirigente lojista, o governo do estado não tem dados técnicos para tomar as decisões e quem vai pagar a conta são os empresários e o trabalhador. Medidas, segundo Zen, que lhe causam estranheza e indignação. Sentimento que multiplica-se por todo setor lojista. 

Zen afirma que o estado não vem dando condições aos municípios para enfrentar a doença e espera que o estado autorize a retomada do comércio a partir da próxima segunda-feira (13/4). 

As Federações buscam alternativas para a reabertura do comércio. Em Brusque, a CDL viu com bons olhos a atitude tomada pela prefeitura que decretou a reabertura do comércio (algo que foi derrubado através de ação judicial). 

Diariamente, as entidades empresarias reúnem-se virtualmente com representantes do governo do estado e levam o apelo dos empresários em prol da retomada do comércio. Nesta quarta-feira (8) está prevista nova reunião às 14h, segundo o presidente da CDL de Brusque. 

Para o presidente da CDL é inadmissível o governo abrir lotéricas e outros segmentos no qual os atendentes ficam mais próximos dos clientes, enquanto o comércio (em sua parte) fica com as portas fechadas. Fabrício Zen questiona a efetividade da abertura das indústrias, uma vez que sua produção não terá como ser comercializada. O dirigente afirma que falta profissionalismo por parte do governo estadual que, na sua opinião, toma medidas amadoras. 

Os impactos na economia são sentidos no estado onde há projeção de milhares de demissões. Em Brusque, segundo Fabrício Zen, a CDL ainda não há números de desempregados em relação à crise. 

Durante a entrevista, o dirigente também fez questão de frizar a preocupação das entidades em relação ao combate ao coronavírus. Nesse sentido, a retomada do comércio aconteceria mediante ações de prevenção, a exemplo dos setores que já foram retomados.


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