O Núcleo de Malharias da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr) realizou na última semana de setembro uma missão ao Mato Grosso, com o objetivo de conhecer o processo antes do fio de algodão chegar às empresas. Nove diretores de empresas nucleadas participaram da visita técnica para as cidades de Primavera do Leste, Campo Verde e Cuiabá, acompanhados pela consultora da ACIBr, Rose Civinski, e pelo consultor especialista no mercado de algodão, Eder Silveira.
O coordenador do Núcleo de Malharias, Tiago de Oliveira Censi, explica que a missão é uma das etapas de um projeto que está sendo desenvolvido dentro do Núcleo, com a realização dos cursos de operação de tear de malhas, aperfeiçoamento de tecelagem de malhas e de liderança e atendimento ao cliente.
“A missão ao Mato Grosso foi para atender a necessidade dos diretores em conhecer mais a fundo a origem da nossa principal matéria-prima, que é o algodão”, explica Tiago.
Ele destaca que as cidades visitadas são referência no mercado por desenvolverem todas as etapas deste processo, além de manter a liderança de produção de algodão no cenário nacional.
“Iniciamos visitando as plantações de algodão e conhecendo um pouco desse processo: plantio, colheita e armazenamento. Depois, visitamos algumas algodoeiras, que são responsáveis por beneficiar o que foi colhido e transformado na pluma, que é usada na produção dos fios que chegam às nossas tecelagens”.
O grupo também visitou os laboratórios onde a pluma é analisada e classificada para que possa ser comercializada e, ainda, algumas fiações que transformam as plumas em fios.
Aprendizado
Tiago ressalta o aprendizado que os nucleados adquiriram durante a viagem. “Foram dias que nos mostraram o quanto é complexo o período antes deste fio chegar até nós. Mas quero ressaltar aqui também o aprendizado que tivemos entre os nucleados presentes nessa missão, a troca de informações e de experiências nos ajuda a evoluir em nossos negócios”, completa.
Ele avalia ainda que a visita pode fomentar novas parcerias. “Quando unimos forças, ficamos mais respeitados. Dificilmente seríamos tão bem recebidos se fossemos apenas representando uma empresa. Estar em um grupo de empresários fez com que nossos números de consumo subissem a ponto de sermos reconhecidos como possíveis grandes clientes para as empresas que nos receberam”, acrescenta.