O fundador da rede Ultrafarma, Sidney Oliveira, foi preso nesta terça-feira (12) durante a Operação Lótus, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A ação investiga um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021.
Segundo os promotores, auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do estado manipulavam processos para reduzir ou anular débitos tributários de empresas em troca de pagamentos mensais.
Como funcionava o esquema, segundo o MP-SP
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS), é apontado como o articulador principal. As investigações indicam que ele usava uma empresa registrada no nome de sua mãe para receber o dinheiro.
Além de Oliveira, a operação também prendeu Mário Otávio Gomes, diretor do grupo Fast Shop. Durante buscas em Alphaville, policiais apreenderam dinheiro vivo e pacotes de esmeraldas.
Posição da Secretaria da Fazenda
Em nota, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo afirmou que instaurou processo administrativo para apurar a conduta do servidor e solicitou ao MP-SP acesso às provas. O órgão disse ainda repudiar qualquer ato ilícito e reforçou seu compromisso com a “justiça fiscal”.
Quem é Sidney Oliveira
Aparecido Sidney de Oliveira, 71 anos, nasceu em Nova Olímpia (PR) e começou a trabalhar em farmácias aos 9 anos. Sem ensino universitário, construiu um dos maiores impérios farmacêuticos do país.
Fundada em 2000, a Ultrafarma foi pioneira na venda de genéricos e se destacou pelo comércio eletrônico 24 horas. Hoje, segundo a empresa, atende mais de 1 milhão de clientes e oferece cerca de 15 mil produtos.
