Uma nova fase da Operação Expurgo, deflagrada nesta terça-feira (26), revelou detalhes ainda mais perturbadores sobre uma investigação que atinge várias cidades de Santa Catarina, com foco especial no Vale do Itajaí.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), um dos alvos da operação armazenava conteúdo com cenas de exploração sexual infantil e, de forma ainda mais grave, buscava contato com mães de crianças e adolescentes para “contratar” a produção de novos materiais abusivos.
Atuação sigilosa para proteger as vítimas
Por envolver crimes sexuais contra crianças, o Gaeco optou por não divulgar detalhes específicos sobre os investigados, vítimas ou métodos de atuação. Apenas confirmou que dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, e Criciúma, no Sul do estado. A ação foi autorizada pelo Judiciário de Rio do Sul.
A operação desta terça-feira é um desdobramento da fase anterior, realizada em junho, que já havia revelado um esquema de produção e armazenamento de material relacionado ao abuso sexual infantil.
Fase anterior prendeu quatro pessoas
Na fase anterior, quatro suspeitos foram presos em flagrante durante cumprimento de mandados nas cidades de Camboriú, Brusque, Indaial, Timbó, Joinville e também em Ubatuba (SP). Na ocasião, a operação teve como alvo indivíduos que produziam, armazenavam ou compartilhavam material criminoso.
O Gaeco informou que as investigações continuam, com o objetivo de identificar e responsabilizar outros envolvidos nesse tipo de crime.
As ações fazem parte do esforço integrado de órgãos de segurança pública para combater redes de exploração sexual infantil e a disseminação de conteúdo ilegal pela internet, especialmente em ambientes digitais que dificultam a identificação dos autores.