A Polícia Militar cumpriu mandados de busca e apreensão em uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (27) em endereços de Florianópolis, São José e Biguaçu, Itajaí e Navegantes. As ações fazem parte de uma investigação sobre ocupações de áreas públicas registradas nos últimos meses na região. Em um dos locais, os policiais estiveram na sede do Unidade Popular pelo Socialismo (UPS), partido registrado na Justiça Eleitoral, localizada em um prédio na rua Saldanha Marinho, no Centro da Capital. A porta da sala foi arrombada para permitir o acesso, e celulares e computadores foram apreendidos para perícia.
A presidente estadual da UPS, Julia Andrade, lamentou a atuação policial e classificou o episódio como criminalização e repressão aos movimentos populares. Entre os que tiveram equipamentos recolhidos estão integrantes do MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. Segundo ela, a porta ficou destruída e a sala, totalmente revirada. “Não sabemos exatamente o que levaram do partido”, afirmou.
No início da tarde, a Polícia Militar divulgou uma nota oficial informando que a operação foi batizada de Incursio e tem como foco investigar pessoas supostamente envolvidas na “invasão” de um prédio em obras em Itajaí. Ao todo, sete mandados foram cumpridos. A corporação afirmou que os investigados teriam utilizado o direito de manifestação para praticar “atos que extrapolavam os limites legais”.
A nota também indica que os mesmos grupos teriam participado de outras quatro ocupações ao longo do ano, citando de forma específica apenas uma ação realizada na Univali, em Biguaçu.
Segundo a PM, o objetivo das diligências desta quinta-feira é reunir provas e aprofundar as investigações.
O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, também se manifestou sobre a operação em suas redes sociais.














