Em dezembro, padre Nivaldo Alves de Souza comemora 50 anos de dedicação ao sacerdócio. Natural da Bahia, mas criado em São Paulo, ele foi ordenado em 8 de dezembro de 1974, em Taubaté (SP). Desde então, construiu uma trajetória marcada pela educação e pela formação espiritual, grande parte dela vivida em Brusque.
Padre Nivaldo descreve sua vocação como um “acontecimento” e não uma escolha. Criado na Paróquia São Judas Tadeu, em São Paulo, ele teve o primeiro contato com o seminário por influência de amigos. “Eles vinham de Lavras (MG) e falavam das maravilhas do lugar. Quando fui conhecer, me encantei. Comecei a amadurecer minha vocação, e hoje estou aqui, completando 50 anos de sacerdócio”, relembra.
Após passar pelo seminário em Lavras, ele continuou os estudos em Corupá (SC), onde completou o ensino científico, como era chamado o hoje Ensino Médio, e recebeu a batina na festa de Cristo Rei. “Fiz parte da última turma que recebeu a batina na festa de Cristo Rei. Naquela época, íamos para o noviciado já de batina”, conta. Em 1968, ele chegou a Brusque para estudar Filosofia e, seis anos depois, foi ordenado padre em Taubaté, no interior de São Paulo.
Uma missão inesperada: educação e Brusque
Logo após a ordenação, o destino de padre Nivaldo foi decidido de maneira inesperada. “Todos achavam que eu seria enviado para Jaraguá do Sul, mas na reunião fui designado para Brusque”, conta. Sua chegada à cidade foi marcada pelo desafio de assumir aulas no curso de Filosofia, algo novo para ele. “Foi um choque, mas o padre Orlando Maria Murphy me tranquilizou. Tive tempo para me preparar”.
Depois de dois anos lecionando, foi a Roma realizar seu mestrado e, mais tarde, retornou para Brusque para atender às demandas da Congregação. Sua trajetória acadêmica incluiu ainda o doutorado na capital italiana e trabalhos dedicados à tradução e organização de textos do fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, padre Dehon.
“Com as experiências de estudo que eu tive em Roma, aprendi a amar a filosofia. Criei uma paixão por isso e minha vida toda foi dedicada à educação. Padre Dehon queria homens de Deus bem formados, sempre quis que seus padres fossem bem formados, tivessem conhecimento sobre o mundo, de tal forma que a Congregação se dedicou a criar grandes casas de educação. Me orgulho por ter contribuído com esse ideal do nosso fundador”.
Ainda em Brusque, padre Nivaldo marcou seu nome na história da educação superior, tornando-se o primeiro diretor da Faculdade São Luiz, cargo que ocupou de 2001 a 2006.
Ao longo das décadas, padre Nivaldo desempenhou um papel fundamental na formação de novos sacerdotes e na criação de comunidades religiosas em Brusque. Ele destaca a alegria de ter contribuído para a formação de muitos bispos e padres que hoje atuam em diversas partes do mundo.
Além disso, acompanhou de perto o surgimento de comunidades locais como Guarani, Steffen e São Luiz. “Lembro quando o Guarani ainda não tinha capela. Ver essas comunidades formadas hoje é motivo de alegria”, afirma.
Ao refletir sobre as cinco décadas de sacerdócio, padre Nivaldo destaca a importância da gratidão. “Chega um ponto que Deus representa tudo na nossa vida. O motivo maior para mim, nesses 50 anos, é agradecer. Deus merece mais ser agradecido do que pedido, porque Ele sabe o que faz.”
Celebração
Os 50 anos de sacerdócio de padre Nivaldo serão celebrados com uma missa especial nesta sexta-feira, 6 de dezembro, na igreja Matriz São Luís Gonzaga, às 19h.
Após a celebração, haverá um jantar de comemoração na Sociedade Beneficente de Brusque. Mais informações sobre o jantar no WhatsApp da Casa Padre Dehon: (47) 3351-1906.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Ideia Comunicação