O ano de 2025 foi de luto para o Brasil e o mundo. De grandes ícones da música a líderes religiosos, passando por nomes da literatura, da moda, da televisão e do esporte, muitas personalidades partiram, deixando memórias e contribuições inestimáveis. Abaixo, listamos os falecimentos organizados por data, com mais detalhes sobre suas trajetórias e a repercussão de suas mortes.
Janeiro
19 de janeiro — Léo Batista (92 anos)
Jornalista esportivo, Léo Batista foi um dos rostos mais emblemáticos da televisão brasileira. Trabalhou por décadas na Rede Globo e marcou o telejornalismo esportivo com sua voz, dicção e elegância. Faleceu vítima de câncer no pâncreas, após internação iniciada por desidratação e dor abdominal. Batista foi um dos primeiros apresentadores do Fantástico e esteve à frente de transmissões históricas.
Abril
20 de abril — Cristina Buarque (74 anos)
Irmã de Chico Buarque, Cristina foi uma cantora e pesquisadora do samba tradicional. Morou na Ilha de Paquetá nos últimos anos, dedicando-se à preservação de compositores históricos. Morreu após longa luta contra o câncer. Era referência entre músicos e estudiosos da música popular brasileira, com especial foco em sambistas como Noel Rosa e Paulinho da Viola.
21 de abril — Papa Francisco (88 anos)
Primeiro papa latino-americano, Jorge Mario Bergoglio marcou a história da Igreja Católica com seu pontificado progressista e voltado para os pobres. Morreu no Vaticano após sofrer um AVC e um quadro de insuficiência cardíaca. Durante seus 12 anos de liderança, promoveu reformas internas, lutou contra abusos sexuais na Igreja e defendeu o meio ambiente e os marginalizados.
Maio
1º de maio — Nana Caymmi (84 anos)
Filha de Dorival Caymmi, Nana foi uma das maiores intérpretes da MPB. Conhecida por sua voz profunda e emotiva, a cantora deixou clássicos como “Resposta ao Tempo”. Morreu em decorrência de uma arritmia cardíaca, após longa internação na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.
Divaldo Franco (13 de maio) — (98 anos)
Líder espírita, escritor e médium, Divaldo dedicou sua vida ao espiritismo e à assistência social. Fundou a Mansão do Caminho em Salvador, que acolhe centenas de crianças. Publicou mais de 250 livros e deu palestras em dezenas de países. Faleceu em casa, por falência múltipla dos órgãos.
Junho
19 de junho — Francisco Cuoco (91 anos)
Ator renomado da televisão e teatro brasileiros, Francisco Cuoco protagonizou novelas marcantes como “Pecado Capital” e “O Astro”. Morreu após complicações de falência múltipla dos órgãos. Sua presença carismática e intensa fez dele um dos grandes galãs das décadas de 70 e 80.
Julho
20 de julho — Preta Gil (50 anos)
Cantora, atriz e empresária, Preta Gil lutava contra um câncer no intestino desde 2023. Faleceu nos Estados Unidos, onde fazia tratamento experimental. Filha de Gilberto Gil, ficou conhecida por seu carisma, ativismo social e diversidade artística. Era uma defensora das causas LGBTQIA+ e de pautas progressistas.
20 de julho — José Maria Marin (93 anos)
Ex-presidente da CBF e político paulista, Marin faleceu em São Paulo. Sua carreira foi marcada pela polêmica, especialmente pelo envolvimento no escândalo “Fifagate”. Chegou a ser preso nos EUA por corrupção. Foi também governador de São Paulo na década de 1980 e chefe da delegação brasileira na Copa de 1986.
22 de julho — Ozzy Osbourne (76 anos)
Ícone do heavy metal e vocalista do Black Sabbath, Ozzy faleceu após anos de complicações de saúde, como Parkinson e lesões na coluna. Foi um dos músicos mais influentes da história do rock, conhecido tanto pela genialidade musical quanto pelas polêmicas. Sucessos como “Crazy Train” e “War Pigs” marcaram sua carreira.
3 de julho — Diogo Jota (28 anos)
Atacante do Liverpool e da seleção portuguesa, Jota morreu em um trágico acidente de carro na Espanha ao lado de seu irmão André Silva. Era um dos destaques da seleção portuguesa e ajudou o Liverpool a conquistar a Premier League 2024/25. Deixou esposa e três filhos.
Agosto
8 de agosto — Arlindo Cruz (66 anos)
Cantor, compositor e instrumentista, Arlindo foi um dos grandes nomes do samba contemporâneo. Morreu após anos de luta contra as sequelas de um AVC sofrido em 2017. Deixou um legado com canções como “Meu Lugar” e “O Show Tem Que Continuar”. Ex-integrante do grupo Fundo de Quintal, também teve forte atuação espiritualista.
30 de agosto — Luis Fernando Veríssimo (88 anos)
Filho de Érico Veríssimo, o escritor foi cronista, romancista, cartunista e músico. Morreu por complicações de pneumonia. Criador de personagens como Ed Mort e Analista de Bagé, Veríssimo foi um dos autores mais lidos do Brasil. Seu humor refinado e crítica social o tornaram presença constante em jornais e revistas.
Setembro
4 de setembro — Giorgio Armani (91 anos)
Estilista italiano e fundador da grife que leva seu nome, Armani revolucionou a moda com um estilo elegante e minimalista. Morreu cercado por familiares, segundo comunicado oficial. Atuou até os últimos dias na direção criativa da marca. Foi referência de sofisticação e inovação no design internacional.
29 de setembro — Berta Loran (97 anos)
Atriz de origem polonesa naturalizada brasileira, Berta ficou famosa por seus papéis em programas humorísticos como “Zorra Total” e “Escolinha do Professor Raimundo”. Morreu após dez dias internada no Hospital Copa D’Or. Seu talento cômico marcou várias gerações de telespectadores.
29 de setembro — Paulo Soares, o “Amigão” da ESPN (63 anos)
Jornalista esportivo carismático, conhecido pela parceria com Antero Greco no SportsCenter. Faleceu após complicações de saúde relacionadas à coluna. Teve passagens por SBT, TV Cultura e rádios importantes. Era chamado de “Amigão da galera” e admirado pelo público pela leveza e humor ao apresentar.
Novembro
11 de novembro — João Chagas Leite (80 anos)
Cantor e compositor nativista do Rio Grande do Sul, João morreu em Erechim, no norte gaúcho. Com mais de 300 composições, era símbolo da música tradicionalista gaúcha. Superou uma deficiência física na mão esquerda e tornou-se referência cultural no Sul do Brasil.
24 de novembro — Jimmy Cliff (81 anos)
Cantor jamaicano e lenda do reggae, Jimmy morreu após uma convulsão seguida de pneumonia. Suas músicas como “I Can See Clearly Now” e “Vietnam” foram trilhas sonoras de movimentos sociais e culturais. Participou do filme “The Harder They Come”, que ajudou a internacionalizar o reggae.
