Na tribuna da Câmara de Brusque nesta terça-feira, 18 de fevereiro, o vereador Paulinho Sestrem (PL) endossou o debate em torno da repercussão causada pela rejeição do Legislativo a um requerimento de Felipe Hort (Novo) que pleiteava a instalação de um posto policial no bairro Águas Claras. “O que estamos discutindo é o que diz o Regimento Interno, de que forma o requerimento deve ser feito, […] de maneira que a gente saiba de quem são as competências”, disse. “Eu quero um metrô em Brusque, talvez um aeroporto, mas tem coisas que não é cabível o vereador pedir [ao prefeito]”.
O líder do governo reforçou a tese de que declarações de Hort teriam contribuído para colocar a comunidade de Águas Claras contra o vereador Leonardo Schmitz (PL), que é daquele bairro e também votou pela rejeição do requerimento. “Quando a gente traz um requerimento para chegar em algumas pessoas que necessitam, tem que cuidar com o posterior. A partir do momento que o vereador Felipe vai para a rádio e fala que lamenta a posição de outro vereador – não falou o nome dele, mas todo mundo sabe [quem é] – fica ruim, porque joga o vereador contra a comunidade daquela localidade”.
Sestrem defendeu, ainda, que se esclareça às pessoas que nem uma votação totalmente favorável ao requerimento de Hort garantiria a construção do posto policial. “É importante ter esse cuidado de informar que o requerimento é uma coisa, e a decisão da construção de uma unidade lá, ou não, é outra”, observou. “Nós somos legisladores, sabemos o que é certo e o que é errado. Só quem passa na pele, quem sente a pressão é que pode falar. Nesse caso, quem sentiu foi o vereador Leo e outros vereadores que tiveram que responder, não o vereador que fez o requerimento”.
Por fim, ele citou um requerimento seu e de Schmitz que propõe o envio de convite ao tenente-coronel da PM em Brusque, Pedro Carlos Machado Junior, para que o comandante discorra, na Câmara, acerca da Segurança Pública municipal. “Duvido que alguém vá votar contra, porque vai vir alguém aqui que tem base para falar se isso [o posto] é viável ou não. Aí sim, em conjunto, podemos pedir para o Governo do Estado, não para o prefeito”, comentou.
Assista ao pronunciamento: https://youtu.be/ebJ8MvN_qn4