Na manhã desta sexta-feira (5/9), a Delegacia de Investigação Criminal de Brusque (DIC) prestou apoio à Delegacia de Investigação Criminal de Joinville no cumprimento de ordens judiciais relacionadas a inquérito policial em andamento.
Em Brusque, foi cumprido mandado de busca e apreensão no Hospital Azambuja, ocasião em que foram arrecadados documentos de interesse da investigação. Ressalta-se que o hospital figura como vítima no procedimento investigativo.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, demais informações sobre o caso serão oportunamente repassadas pela DIC de Joinville, responsável pela condução das apurações.
Em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Azambuja, o departamento de jornalismo da Araguaia foi informado que a unidade deverá se manifestar ao longo do dia.
*Corrupção envolvendo doações a hospitais em SC
De acordo com publicação no portal Notícias do Dia, a Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (5) uma operação contra um suposto esquema de corrupção a hospitais em Santa Catarina. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em Joinville, Florianópolis, Brusque e Blumenau.
A investigação, que durou quatro meses, pode ser a maior fraude já registrada em hospitais de Santa Catarina, envolvendo indícios de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, o prejuízo estimado chega a R$ 4 milhões.
Até o momento, três empresários foram presos em Joinville. As prisões são temporárias, mas podem ser convertidas em preventivas, caso necessário. A investigação também aponta que cerca de 8 mil unidades consumidoras teriam sido vítimas do esquema.
Segundo a Polícia Civil, empresas que atuavam como intermediárias entre entidades filantrópicas e a Celesc ofereciam a possibilidade de que cidadãos realizassem doações diretamente na fatura de energia elétrica. Porém, parte desses valores não chegava às instituições beneficiadas, sendo desviados pelas empresas.
Entre as instituições atingidas estão o Hospital Misericórdia, na Vila Itoupava, em Blumenau, o Hospital de Azambuja, em Brusque, e o Hospital Bethesda, em Joinville. Já em Florianópolis, a própria Celesc aparece como vítima, pois não tinha conhecimento do uso das contas de energia elétrica para captar as doações.
Esquema funcionava com desvio de recursos
O delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, explicou que a investigação começou a partir de uma denúncia e confirmou que recursos destinados a entidades filantrópicas acabaram sendo desviados pelas empresas intermediárias.
“Identificamos possível crime de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro referente ao desvio de recursos que deveriam ir para entidades hospitalares e acabaram sendo apropriados por essas empresas”, afirmou.
*Com informações do Portal Notícias do Dia