A queda do automóvel nas águas do Rio Itajaí-Mirim e a morte de sua condutora, Silene Aparecida Corrêa (57), no último domingo (25), retomou uma proposta iniciada há alguns anos em Brusque: a instalação de guardrails por toda a extensão da Avenida Beira-Rio.
Na Câmara Municipal, uma indicação de autoria do vereador Rick Zanata foi aprovada pelos legisladores solicitando a instalação deste equipamento de segurança. Ao mesmo tempo, o autor da proposta pede alternativas para a redução de velocidade no trecho.
A questão, debatida ao longo da sessão, apresenta divergências sobre viabilidade, eficácia e consequências à região. Questionado pelos repórteres após Audiência Pública realizada nesta quinta-feira (29) na Câmara Municipal, o prefeito André Vechi afirmou que trata-se de um desafio muito grande. Primeiro, segundo o chefe do executivo municipal, pelo alto valor do investimento.
“Solicitei a Secretaria de Trânsito que fizesse o orçamento atualizado, quanto custaria para colocar em toda a extensão da Beira-Rio. Traz, por um lado, segurança, mas por outro lado gera, além do custo, toda uma questão desse equipamento quando a gente vê as cheias que vêm com árvores, galhos e outros objetos. Ele (guard-rail) acaba retendo isso. A limpeza da Beira-Rio fica dificultada porque o nosso maquinário joga os sedimentos de volta para o rio. Então, a gente teria esse obstáculo físico”, disse Vechi.
O prefeito também solicitou a manifestação técnica da Defesa Civil, da Secretaria de Trânsito e da Polícia Militar, além do levantamento de custo para que com isso possa fazer o debate sobre o assunto.
“Eu acho que o debate ele é sempre válido, até para que as pessoas entendam o porquê, qual posicionamento o executivo vai ter a partir disso, saber os motivos. Ela pode concordar ou não, mas vai saber as razões”, disse.
