O Jornal da Manhã desta terça-feira (18/11) recebeu, ao vivo, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Brusque (Comusa), Robson Zunino, que está à frente do órgão desde 2022 e deixa o comando oficialmente no dia 17 de dezembro, data da posse da nova direção. Durante a entrevista, ele fez um balanço dos três anos de mandato, explicou o papel do Conselho e avaliou temas sensíveis da saúde no município.
Robson iniciou agradecendo o espaço e ressaltando a importância de manter o Comusa próximo da comunidade. Ele lembrou que o Conselho tem papel estratégico na formulação de políticas públicas, na fiscalização e no controle social do SUS no município. “O Comusa é fundamental porque permite que usuários, profissionais e entidades participem diretamente das decisões que impactam a saúde pública”, afirmou.
Composição e funcionamento do Conselho
Zunino explicou que o Comusa é formado por 50% de representantes dos usuários do SUS, 25% de profissionais de saúde e 25% do Executivo e prestadores de serviço. Ele destacou que as vagas pertencem às entidades — e não às pessoas — garantindo representatividade contínua.
As reuniões ordinárias ocorrem sempre na terceira quarta-feira do mês, das 18h às 20h.
Debates e projetos
Questionado sobre a construção da nova Unidade Básica de Saúde do Centro, o conselheiro afirmou que o tema ganhou ampla repercussão pública, mas não foi o único ponto sensível tratado pelo conselho. “Tivemos debates tão importantes quanto esse, relacionados a outras unidades e aos hospitais. Algumas pautas não ganharam a mesma visibilidade porque não tiveram tanta manifestação pública“, disse.
Principais demandas e avanços
Entre os destaques do mandato, Robson ressaltou o trabalho do Comusa em fortalecer entidades que prestam serviços ao SUS, como Apae, Ama e Anjo do Peito, além dos hospitais Dom Joaquim e Azambuja. “Essas instituições são essenciais para Brusque. O Conselho buscou fortalecer o diálogo e garantir condições para que continuem atendendo bem a população”, destacou.
Ele também mencionou a necessidade de melhorias na atenção primária — a porta de entrada da população no sistema de saúde — apontando que o tema seguirá como um dos principais desafios para a próxima gestão.
Outro ponto debatido recentemente foi o investimento de R$ 6,2 milhões para redução das filas de exames. O Comusa analisou e aprovou o termo de referência que estabelece as regras para contratação dos serviços. “O objetivo é diminuir as filas represadas. É um passo importante, embora ainda não resolva tudo”, avaliou.
Processo eleitoral e despedida
O processo eleitoral do Comusa está em andamento desde setembro, com inscrição de entidades encerradas em 31 de outubro. A eleição ocorrerá no dia 26 de novembro, na Câmara de Vereadores, das 18h às 20h. A posse da nova diretoria está prevista para 17 de dezembro.
Robson anunciou que não continuará no Conselho, destacando motivos pessoais. “Quero dedicar mais tempo à família e a outras atividades. Acredito na importância da renovação e fico feliz em deixar um Conselho mais organizado, transparente e estruturado”, declarou.
Entre as conquistas da gestão, citou a organização administrativa do órgão, a retomada dos fluxos processuais e a conquista de uma secretária executiva fixa e de um espaço próprio para o Comusa.
Encerramento
O presidente encerrou agradecendo aos conselheiros e às entidades que compõem o Comusa. “A construção é coletiva. Saio com a certeza de que deixamos um Conselho mais forte e preparado para seguir contribuindo com a saúde de Brusque”, concluiu.
















