Um cenário caótico. Vinte e cinco veículos envolvidos. Um caminhão-tanque carregado com etanol tombou e explodiu. O fogo intenso feriu cinco pessoas e parou a BR-101, em Palhoça (SC), no dia 6 de abril de 2025.
Agora, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) quer montar o quebra-cabeça desse grave acidente — e vai contar com tecnologia de última geração para isso.
Como a PRF vai reconstituir o acidente?
Peritos especializados voltaram ao local no último sábado (12) com um scanner 3D de alta precisão. O equipamento capta digitalmente toda a geometria da pista e do entorno, criando uma “cópia virtual” do ambiente.
Esse mapeamento detalhado vai ajudar a entender a dinâmica e a cronologia do acidente com base em:
- Vestígios coletados na pista
- Filmagens do dia do acidente
- Imagens feitas por drone
- Videomonitoramento
- Depoimentos de envolvidos
- Documentos oficiais
Imagens aéreas ajudam a preservar a cena
Assim que o incêndio foi controlado, agentes da PRF sobrevoaram o local com um drone, capturando a exata posição dos veículos antes de qualquer alteração no cenário.
A preservação da cena original é essencial para análises técnicas que apontem o que realmente aconteceu.
Velocidade estava dentro do limite?
Entre os vídeos analisados, está o registro da concessionária Arteris, que mostra o caminhão passando a 57 km/h segundos antes da explosão. O limite no trecho era de 60 km/h — e isso levanta novas questões sobre fatores externos ou mecânicos que possam ter contribuído para o acidente.
O que falta saber?
Ainda não há previsão para a conclusão do laudo técnico, mas a PRF reforça que todas as possíveis causas serão investigadas com rigor.