Ainda sem uma definição clara sobre a retomada do horário de verão no Brasil, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a medida só será adotada caso seja considerada imprescindível. Na última terça-feira (8), ele afirmou que a decisão final será tomada pelo presidente Lula e deverá ser divulgada até a próxima semana.
“O horário de verão é uma questão transversal. Eu repito: se for uma necessidade imprescindível, ele será adotado, com toda coragem, mesmo sabendo que divide as opiniões no Brasil. Assim como tivemos coragem de enfrentar muitos outros desafios, enfrentaremos esse também, sempre a bem do país”, declarou o ministro.
A discussão sobre o retorno do horário de verão, que foi extinto em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, voltou à tona devido à queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a medida poderia gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões.
No entanto, a proposta encontra resistência em alguns setores. As companhias aéreas, por exemplo, pediram um prazo mínimo de 180 dias para ajustar suas operações caso o horário seja retomado. Além disso, cientistas emitiram um manifesto alertando que a mudança pode interferir no ritmo biológico das pessoas, causando possíveis prejuízos à saúde.
A decisão final, portanto, será aguardada com expectativa nas próximas semanas, enquanto o debate segue dividido entre os benefícios econômicos e os possíveis impactos à saúde e à logística.
