A noite desta segunda-feira (18/8) foi marcada por uma importante reunião envolvendo os moradores e empresários do bairro Primeiro de Maio. Em debate, a discussão e os detalhes da próxima fase da macrodrenagem na região. A intervenção está marcada para começar no dia 1º de setembro, com a instalação de galerias ao longo da via.
O encontro contou com a presença do vice-prefeito Deco Batisti, que ressaltou a forte participação da comunidade. “Veio muito mais gente do que eu esperava, e isso é importante. Escutamos as dificuldades da comunidade e também apresentamos como a obra vai funcionar. É uma obra complexa, que abre um espaço de até 50 metros e torna a via intransitável. Estamos fazendo no período noturno para reduzir o transtorno, mas haverá reflexos no comércio, nas casas e no trânsito de Águas Claras”, afirmou.
Deco destacou ainda que a obra é aguardada há décadas e busca resolver os problemas recorrentes de alagamento na região. “Muitos vieram nos dizer que perderam bens em casa por causa das enchentes. Essa obra vem justamente para minimizar ou até eliminar esses problemas. O cálculo da bacia foi feito para suportar até 50 anos. Por isso, não dá para adiar. Já começamos o omelete, agora precisamos terminar”, frisou.
Durante a reunião, o empresário Luciano Hang expôs preocupações com os efeitos econômicos que a obra poderá causar. Segundo ele, a interdição parcial pode comprometer a sobrevivência de empresas. “Eu conheço o trânsito da 1ª de Maio, estou aqui todos os dias. Uma empresa não consegue ficar muito tempo sem faturar. Se fechar durante o dia, pode quebrar. Minha preocupação é com o comércio, com os serviços, com as indústrias e até com o Senai. Esse é um dos pontos de maior movimento de Brusque. Uma intervenção mal planejada pode abalar financeiramente muita gente”, alertou.
Hang também criticou o projeto original, elaborado entre 2011 e 2012, defendendo que alternativas poderiam ter sido priorizadas. “Infelizmente, a prefeitura de hoje está tendo que executar um projeto errado feito lá atrás. Existiam outras soluções, como um piscinão na antiga Lagoa do Renaux, que nós cedemos, ou ajustes na ponte da curva do Wanka, que está obstruída. Do jeito que está, vai demorar muito e trazer ainda mais trânsito. E estamos entrando no fim do ano, época de movimento intenso. Isso é muito preocupante”, disse.
Por sua vez, o secretário municipal de trânsito, Emerson Andrade, destacou as mudanças viárias a serem implantadas na região, com destaque na Rua Azambuja e Primeiro de Maio. Todas, visando diminuir os impactos da obra que deverá seguir pelos próximos seis meses.