O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (24) o decreto que oficializa o novo valor do salário mínimo nacional a partir de 1º de janeiro de 2026. O piso salarial passa dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621, um reajuste de 6,79%.
O texto foi publicado no Diário Oficial da União e detalha que o valor diário do salário mínimo será de R$ 54,04, enquanto o valor horário corresponderá a R$ 7,37.
Critérios do reajuste
De acordo com o Governo Federal, desde 2023 o reajuste do salário mínimo segue a Política de Valorização do Salário Mínimo, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em agosto daquele ano. A regra prevê que o reajuste anual leve em conta a inflação acumulada dos 12 meses anteriores, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Além da inflação, o cálculo considera a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto referente ao segundo ano anterior ao do reajuste. Caso não haja crescimento real do PIB, o salário mínimo é corrigido apenas pela inflação.
PIB e limite fiscal
No dia 4 de dezembro de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revisou os dados do PIB de 2024 e confirmou crescimento de 3,4% na economia brasileira.
No entanto, o arcabouço fiscal estabelece limites para o ganho real acima da inflação, fixando um intervalo entre 0,6% e 2,5%. Pela regra, o salário mínimo de 2026 chegaria a R$ 1.620,99. Com o arredondamento previsto em lei, o valor final foi fixado em R$ 1.621.
Impacto para os trabalhadores
O salário mínimo serve de referência para milhões de trabalhadores, aposentadorias, pensões e benefícios sociais em todo o país. Com o novo valor, o governo afirma manter a política de valorização real do piso salarial, respeitando ao mesmo tempo os limites fiscais estabelecidos.
