Nesta segunda-feira, 27, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) realizará um novo revezamento das equipes de Força-Tarefa (FT), para seguir com as buscas por vítimas que estão desaparecidas após a catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul desde a madrugada de primeiro de maio.
Neste novo envio, serão 12 bombeiros militares, 02 cães de buscas, 06 viaturas, drone e equipamentos para Intervenções em Áreas Deslizadas (IAD). As equipes que são de Balneário Camboriú, Joaçaba, Xanxerê, Curitibanos e Lages, irão se apresentar no município de Cruzeiro do Sul, por volta das 12h, onde receberão as orientações para planejamento das buscas. O foco do trabalho segue sendo a busca por pessoas que estão desaparecidas, seja por conta das enxurradas ou pelo deslizamentos ocasionados por este evento climático.
“Sabemos o que é vivenciar os estragos desses eventos extremos, por isso nos solidarizamos com todos os gaúchos e estamos compartilhando o conhecimento e a expertise das nossas equipes para, neste momento, potencializar a busca por pessoas que infelizmente seguem desaparecidas”, afirma o Comandante-Geral do CBMSC, coronel Fabiano Bastos das Neves.
A atuação dos binômios – dupla formada por bombeiro militar e cão de busca – é fundamental nesta etapa das buscas, pois somente os cães, que são certificados para este tipo de atividade, possuem capacidade para localizar vítimas nessas áreas de grande acúmulo de detritos e entulhos trazidos pelas enxurradas e deslizamentos. São eles, com os seus condutores (bombeiros militares) que irão guiar todo o processo de salvamento e resgate dessas vítimas com a varredura e o descarte de áreas.
Desde quando foram autorizados pelo governo do Estado a realizar o deslocamento para apoio ao Rio Grande do Sul, na madrugada de 1º de maio, os bombeiros militares de Santa Catarina já salvaram 3.051 pessoas e 560 animais. Além disso, 19 vítimas em óbito foram encontradas, sendo 03 delas graças ao trabalho dos cães do CBMSC, guiados por seus condutores.
A principal dificuldade encontrada pelas equipes, desde as primeiras atuações, foram os acessos às áreas de trabalho. Nas regiões em que foram realizados os resgates das pessoas que estavam ilhadas, em grande parte das vezes, a forte correnteza foi um dificultador. Já nas atuações que tiveram como foco a busca por vítimas em áreas deslizadas, foi a falta de acesso terrestre, por conta da interdições de vias e/ou destruição parcial ou total de pontes. Nessas situações, o CBMSC contou com o apoio das aeronaves da Polícia Civil (PCSC) e da Polícia Militar (PMSC), ambas de Santa Catarina, e do Exército Brasileiro (EB), que contribuíram para o mapeamento das áreas de busca e planejamento das ações na região de Canoas, transporte dos bombeiros militares, cães e equipamentos para buscas em Roca Sales e em comunidades isoladas, em Cruzeiro do Sul.