A comunidade do Jardim Maluche, em Brusque, manifestou preocupação com as recentes mudanças no trânsito adotadas pela Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade. A pauta foi discutida em uma reunião realizada na noite desta quarta-feira (26/11), na sede da AMASC – Associação de Moradores do Jardim Maluche e Parte da Souza Cruz, que convidou o secretário da pasta, Emerson Luis Andrade, para esclarecer dúvidas e ouvir diretamente as demandas dos moradores
A reunião
O encontro, conduzido pelo presidente da associação, Juarez Graczcki, reuniu dezenas de moradores e contou ainda com a presença dos vereadores Bete Eccel, Valdir Hilsemann, Cacá Tavares e Pedro, que também se manifestaram durante a reunião.
Ao usar a palavra, o secretário Emerson Andrade afirmou que a Secretaria esteve no bairro justamente para ouvir quem mais sentiu os impactos das mudanças.
Segundo ele, as alterações na região da Av. Bepe Rosa e da Nova Beira-Rio foram motivadas por dois fatores principais: o alto registro de acidentes no antigo cruzamento e a necessidade de eliminar o “nó” de trânsito que existia na primeira rótula de acesso à Beira-Rio.
“Aquela interseção gerava 12 conflitos, 12 movimentos, que é um nó no trânsito. É um grande fator de risco quando essas manobras se cruzam. Isso gerava acidentes e também congestionamentos”, explicou o secretário.
Ele destacou que as rotatórias e interseções possuem capacidade limitada de volume de veículos e que o local já estava “estrangulado”, exigindo intervenção técnica.
Comunidade relata dificuldades após bloqueios
Os moradores apresentaram uma série de reclamações relacionadas às mudanças no tráfego, como o fechamento da rótula de acesso à Beira-Rio, o aumento das filas na rótula da Apae, o desvio de fluxo para ruas residenciais e o uso de vias estreitas por caminhões e carretas. Outro ponto mencionado foi a ausência, até hoje, das alças de acesso da ponte do Maluche e do alargamento da Avenida Hugo Schlosser, obras aguardadas pela comunidade há anos
O secretário reconheceu que a área ao entorno da interseção foi diretamente afetada e afirmou que esse tipo de impacto só pode ser percebido após a execução prática das mudanças: “É normal que haja insatisfação. Cabe a mim, como servidor público, ouvir, registrar e avaliar. Todas as manifestações foram colocadas em ata pela associação”.
Possíveis ajustes e novas alternativas
Emerson informou que a Secretaria está finalizando o parecer técnico das alterações e que a reabertura de algumas interseções não está descartada. Durante a reunião, ele também tomou conhecimento de uma área reservada junto à cabeceira da ponte do Maluche que poderia possibilitar futuros acessos à Beira-Rio.
Outro ponto debatido foi o conflito gerado pelo fluxo de entrada e saída da creche localizada na esquina da Avenida Bepe Rosa com a rua Hugo Schlosser, considerada um polo gerador de tráfego. Segundo o secretário, alternativas apresentadas pela própria comunidade serão analisadas para reduzir o impacto no local.
“Foram apresentadas propostas importantes, como o reaproveitamento da Hugo Schlosser, que já se tornou uma via comercial. Vamos analisar tudo dentro dos aspectos técnicos e legais.”
A Secretaria de Trânsito agora deverá avaliar as sugestões e reclamações registradas e apresentar os resultados do estudo técnico que ainda está em finalização.
A secretária da AMASC, Jussanan, destacou os pontos levantados pela associação:














