O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) indeferiu, nesta sexta-feira (5/9), o pedido de anulação da partida entre Anápolis e Guarani, disputada no dia 21 de julho pela 13ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O confronto terminou com vitória dos goianos por 2 a 0, no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis (GO).
O Guarani alegava “erro de direito” da arbitragem comandada por Marcello Ruda Neves (DF), já que o Anápolis teria atuado por alguns minutos com 12 jogadores em campo. Imagens e vídeos apresentados pelo departamento jurídico bugrino mostravam o atacante João Celeri permanecendo em campo mesmo após a entrada de Igor Cássio, seu substituto. A jogada em questão ocorreu aos 25 minutos do segundo tempo, durante um escanteio para o Guarani.
Apesar de reconhecerem o erro (seja de direito ou de procedimento), os auditores do STJD entenderam que o período em que o atleta permaneceu a mais em campo não foi suficiente para alterar o resultado do jogo. Assim, o tribunal rejeitou a solicitação de anulação da partida, mantendo a vitória do Anápolis.
Impactos possíveis na tabela
O julgamento ganhou atenção porque uma eventual anulação poderia alterar a configuração final da primeira fase da Série C. O Guarani, que terminou em sétimo lugar, poderia subir na tabela em caso de nova vitória, mudando a ordem dos confrontos no G-8. Já o Anápolis, com 23 pontos, correria risco de rebaixamento caso não vencesse novamente, já que o CSA terminou em 17º com apenas um ponto a menos. O clube alagoano, inclusive, entrou no processo como terceiro interessado.
O que diz o regulamento
O pedido do Guarani se baseou no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a anulação de partidas em caso de erro de direito “relevante o suficiente para alterar o resultado”. Para os magistrados, embora o erro tenha sido comprovado, não houve influência direta no placar já consolidado em 2 a 0 para o Anápolis.
Com a decisão, a classificação da Série C segue inalterada e o Guarani mantém sua posição no G-8, enquanto o Anápolis preserva os pontos que o livraram da zona de rebaixamento.