O uso de criptomoedas para esconder lucros do tráfico de drogas foi o centro de uma operação deflagrada pela Polícia Civil em cidades do Litoral Norte de Santa Catarina. A investigação aponta que pelo menos R$ 230 milhões passaram por esse esquema de lavagem de dinheiro, mascarando a origem criminosa do valor.
A estrutura criminosa operava principalmente em Balneário Camboriú, Porto Belo e Itapema. Três pessoas são apontadas como centrais na operação. Dois investigados atuavam diretamente na venda de entorpecentes, enquanto o terceiro utilizava máquinas de mineração de criptomoedas para lavar o dinheiro do tráfico.
A descoberta se deu a partir de uma investigação conduzida pelo Departamento de Investigações Criminais (DIC) de Blumenau. Os agentes identificaram ligações entre um suspeito do Vale do Itajaí e membros do tráfico no litoral. A partir desse elo, foi possível aprofundar as apurações.
Com as provas em mãos, a Polícia Civil obteve autorização da Justiça para realizar buscas, além de quebrar os sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.
Durante a operação, os agentes apreenderam celulares, computadores, documentos, dinheiro em espécie e quatro carros de luxo ligados ao grupo. Todo esse material será analisado nos próximos dias e pode levar à identificação de novos participantes do esquema.
Apesar da grande movimentação financeira e dos bens recolhidos, ninguém foi preso nesta fase da operação. A polícia reforça que as investigações continuam e novas etapas podem ocorrer a qualquer momento.