Um avião de pequeno porte caiu na noite de terça-feira (23) na zona rural de Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense, provocando a morte de quatro pessoas. A aeronave explodiu após o impacto, e os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados.
Segundo as primeiras informações, a queda ocorreu na região da Fazenda Barra Mansa, um destino turístico reconhecido nacional e internacionalmente por receber pesquisadores, visitantes e entusiastas da natureza.
Vítimas atuavam em projeto sobre sustentabilidade urbana
As quatro vítimas foram identificadas como:
- Marcelo Pereira de Barros, piloto e proprietário da aeronave;
- Kongjian Yu, arquiteto chinês renomado internacionalmente;
- Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, documentarista brasileiro;
- Rubens Crispim J., cuja profissão ainda não foi confirmada.
De acordo com amigos e colegas de trabalho, Kongjian Yu e Luiz Ferraz trabalhavam em um documentário sobre cidades esponja, conceito que busca soluções sustentáveis para áreas urbanas alagáveis.
As mortes foram confirmadas pela Polícia Civil e por pessoas próximas às vítimas. O impacto e a explosão carbonizaram completamente os corpos, o que pode dificultar parte das análises periciais.
Local de difícil acesso e clima severo dificultam resgate e investigação
A região do acidente é de acesso limitado, o que tem desafiado o trabalho das equipes de resgate e dos peritos. O Pantanal, conhecido por sua rica biodiversidade, também enfrenta períodos extremos de seca e cheia, fatores que podem ser considerados nas investigações.
As causas da queda ainda são desconhecidas. A apuração será conduzida pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), que já iniciou os trabalhos de coleta de informações.
O que são cidades esponja?
As chamadas “sponge cities” são áreas urbanas planejadas para absorver e reter água da chuva, minimizando enchentes e promovendo o uso sustentável da água. O projeto em que Luiz Ferraz e Kongjian Yu trabalhavam buscava mostrar iniciativas desse tipo no Brasil.
Repercussão e luto
Amigos e colegas das vítimas lamentaram a perda. “É uma tragédia que interrompe não apenas vidas, mas projetos relevantes para o futuro das cidades e do meio ambiente”, comentou um arquiteto próximo ao grupo.
Ainda não há informações oficiais sobre velório e translado dos corpos, dada a complexidade da identificação e das condições dos restos mortais.