Durante a sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (4), o vereador Joubert Loungen trouxe à tribuna uma reclamação recorrente dos moradores: caminhões que circulam em áreas de obras estão sujando ruas e deixando barro e entulhos nas vias públicas de Brusque.
Segundo Loungen, o caso mais recente foi registrado na rua DJ-042, no bairro Dom Joaquim, mas o problema é mais amplo.
“Foi uma reclamação, uma reivindicação de moradores, dessa vez foi da rua DJ-042. Mas a gente vem recebendo uma série de reclamações dos contribuintes, dos munícipes, sobre essa situação.”
O vereador citou também outras ruas atingidas, como a Padre Antônio Eising, no bairro Azambuja, Alberto Pretti, na Limeira, e Alberto Klabunde, no Cedrinho.
Desenvolvimento sim, sujeira não
Loungen deixou claro que não é contra o avanço de construções e empreendimentos habitacionais, mas reforçou que isso não pode ocorrer em detrimento da qualidade de vida dos moradores.
“Sei que os empreendimentos estão avançando para moradias, e isso a gente não quer atrapalhar. Mas o que vem acarretando de problemas é fácil de resolver.”
Para o vereador, as empresas contratadas para as obras também devem ser responsabilizadas pela limpeza das vias, algo que muitas vezes não acontece.
“Quem efetua o trabalho, que é contratado, também é contratado para limpar, deixar limpo.”
Fundema acionada
Loungen afirmou que tem acionado a Fundema com frequência para realizar fiscalização, mas, em muitos casos, os fiscais não comparecem aos locais denunciados.
“Acionei a Fundema várias vezes para fiscalizar e cobrar maior ritmo de limpeza, porque o munícipe não pode ficar sofrendo por essas situações.”
O vereador contou que, em um dos casos, os moradores relataram que esperaram a visita dos fiscais, mas ninguém apareceu.
“A Fundema manda o fiscal. Dessa vez, infelizmente, eles não apareceram, por se tratar talvez de um final de semana, talvez o efetivo seja pouco. A gente tentou buscar junto com o superintendente, com o diretor da Fundema, mas até agora o que me disseram é que foram. E os munícipes esperaram e disseram que não foram. Então, a quem acreditar?”
Responsabilidade compartilhada
Apesar de reconhecer que nem todas as empresas cometem esse tipo de infração, Loungen alertou que a falta de fiscalização e a ausência de punições acabam penalizando toda a população.
“Nem todas as terraplanagens fazem isso, mas algumas deixam a desejar. Infelizmente, os bons vão pagar pelos ruins.”
Por isso, o vereador reforça que é papel do poder público fiscalizar e garantir que o crescimento urbano seja feito de forma responsável, sem afetar quem já vive nas regiões próximas às obras.
“A gente aqui não quer travar o desenvolvimento urbano, mas a gente quer só cobrar o que realmente o munícipe vem cobrando da gente.”
















