Castro, nos Campos Gerais do Paraná, enfrenta uma situação de emergência após a forte tempestade de granizo registrada na manhã de terça-feira (26). Em poucos minutos, o fenômeno provocou danos em mais de 600 residências e deixou cerca de duas mil pessoas em busca de auxílio.
De acordo com a Defesa Civil, o temporal causou destelhamentos, infiltrações, alagamentos e quebra de vidros em imóveis residenciais, comerciais e públicos. Ruas inteiras ficaram cobertas por uma espessa camada de gelo.
A região sul da cidade, com cerca de 70 mil habitantes, foi a mais atingida. Escolas, unidades de saúde e o setor de fisioterapia da Vila Rio Branco tiveram prejuízos. Três escolas municipais suspenderam as aulas e o Centro de Atividades Físicas foi fechado por tempo indeterminado.

Na zona rural, as comunidades de Passo dos Bois e Tronco foram as mais prejudicadas, reforçando a gravidade da situação.
Uma força-tarefa com equipes da prefeitura, Corpo de Bombeiros, Exército e Defesa Civil foi organizada para atender os moradores. A previsão é de que cinco mil telhas sejam distribuídas nesta quarta-feira (27).
Para garantir apoio rápido, um centro emergencial foi instalado no estacionamento de um mercado no bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Além disso, o Educandário Manoel Ribas, no Jardim das Araucárias, passou a receber pedidos de materiais como madeira e lonas.
Segundo o Simepar, o granizo foi provocado pelo deslocamento de um vórtice ciclônico em altos níveis da atmosfera. Outras cidades paranaenses, como Curitiba, Quatro Barras, Colombo e Telêmaco Borba, também registraram queda de granizo, mas sem danos significativos.