O governo federal anunciou que a música gospel será reconhecida como patrimônio cultural brasileiro. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião ministerial realizada na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília.
Segundo Lula, a medida deve ser oficializada já na próxima semana. Durante o encontro com ministros, o presidente destacou a decisão em tom descontraído e comentou com o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ele poderia “cantar música gospel dentro do Palácio do Planalto”, além de exercer a função na Suprema Corte.
O anúncio representa um reconhecimento institucional à relevância da música gospel no cenário cultural brasileiro. Fortemente ligada às manifestações religiosas evangélicas, a música gospel ampliou sua presença nas últimas décadas e consolidou espaço na indústria fonográfica nacional, reunindo milhões de ouvintes e artistas que lotam grandes arenas e estádios em diversas regiões do país.
Além do aspecto religioso, o segmento também se destaca como fenômeno cultural e econômico, com festivais, gravadoras especializadas e expressiva circulação nas plataformas digitais. O reconhecimento como patrimônio cultural brasileiro pode contribuir para a valorização dessa manifestação artística, além de abrir novas possibilidades de políticas públicas voltadas ao setor.
Este não é o primeiro gesto do governo em direção ao segmento evangélico. Em 2024, Lula sancionou a lei que instituiu o Dia Nacional da Música Gospel, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto com a presença de lideranças religiosas.
A proposta de transformar a música gospel em patrimônio cultural reforça o entendimento do governo de que o gênero ultrapassa o âmbito religioso e ocupa papel relevante na identidade cultural brasileira.
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